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Por muito mal
que a crise tenha provocado na vida dos portugueses, em todos os níveis sociais
e económicos, foi essa mesma crise que estimulou a rutura com o passado no
setor do calçado, batendo com a porta e procurando novos caminhos.
É este crescimento contínuo, com a procura
de novos produtos, novos mercados, aposta na diferenciação, que provoca na
indústria do calçado em Portugal um caso de sucesso, nesta era conturbada,
contribuindo e muito para o crescimento económico, que se tem verificado nos
últimos tempos no nosso país e que serve também como exemplo e o traçar de um
novo caminho para os restantes sectores da economia.
Para que esta
indústria esteja a sentir as melhorias vividas no presente muito contribui em
pensar ao longo prazo. Definir um objectivo, que é tornar-se na maior
referência mundial do sector através da sofisticação e criatividade baseada num
“Know-how” e inovação altamente competitivo. Tudo isto é fruto de uma
concentração geográfica das empresas, pois a sua maioria está situada em duas
cidades, Felgueiras e São João da Madeira. Através desta concentração as
empresas conseguem ter relações formais e informais, através das relações
comerciais (nomeadamente de subcontratação), relações de partilha de
informações e conhecimento (pela circulação de pessoal).
Todas estas
sinergias que se foram criando, pelas relações de proximidade, confiança,
fomenta o crescimento, desenvolvimento, melhoria contínua, saindo todos a
ganhar nesta relação, então isto faz com que as empresas se tornem mais
competitivas, pois possuem um “Know-how” muito alargado, é neste caso bem se
pode dizer a já famosa frase “Juntos, somos mais fortes.”
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O Marketing
esteve sempre lá, de braço dado com as empresas de calçado português, o que
lhes permitiu conhecer os mercados com maiores potencialidades para poderem
vender, as necessidades e gostos do público, e essencialmente fazer algo
diferente, criativo, inovador, etc, para que se pudessem posicionar como a
indústria mais sexy da Europa como
foi referido no parágrafo anterior.
As
empresas portuguesas continuaram a reforçar as suas capacidades de criação,
design e moda e a investir continuamente no domínio do marketing internacional,
nomeadamente através da presença em feiras, o que lhes permitem verificar
tendências, um maior contacto com possíveis clientes e manter relações firmes
com os clientes actuais.
Nuno Barbosa nº 28468
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