Uma equipa de investigação da Universidade de Vila Real está a desenvolver uma tecnologia que permite "viajar ao passado" em sítios arqueológicos, através de óculos ou de tablets, de modo a ver-se reconstruções virtuais de como eram originalmente esses locais.
A ideia é dar a sensação de estar numa cidade romana ou num castelo medieval enquanto se passeia nas suas ruínas.
"O objetivo do Mix.AR é desenvolver um sistema de
Realidade Mista que permite visualizar, no local, reconstruções
virtuais de sítios arqueológicos, na sua estrutura original, fornecendo,
assim, uma percepção mais real e contextualizada dos locais em
questão", Luís Magalhães.
O Mix.Ar está a ser desenvolvido na UTAD, em parceria com a empresa de marketing digital GEMA, e conta um financiamento de cerca de 300 mil euros.
O docente responsável pelo projeto referiu ainda que o aspecto inovador deste projeto está na mistura "entre a abordagem da realidade aumentada e a virtualidade aumentada".
"O sistema completo é
constituído por uma solução de hardware e software para a produção
de ambientes de RM mais imersivos e com contextualização histórica,
reunidos num único produto, de fácil utilização", Luís Magalhães.
O responsável explicou ainda que o projeto encontra-se em fase de arranque e que deverão ser produzidas duas soluções para a visita aos locais:
- Uma das quais recorrerá à utilização de uns óculos de realidade aumentada, com uma câmara incorporada que permite ir filmando o ambiente real.
- Uma segunda solução passa pelo recurso aos tablets, que poderão ser usados como "uma janela para o passado".
"O
visitante usa os óculos e leva também um aparelho que irá
fazer um processamento das imagens, que posteriormente irá fornecer as imagens virtuais. (...) O
visitante aponta a câmara do tablet para um local onde estaria um
edifício e consegue ver sobre as ruínas o modelo virtual
desse edifício.", Luís Magalhães.
Luís Magalhães acrescentou que a previsão para o projeto estar concluído será num espaço de um ano.
A empresa Gema ficará detentora da tecnologia, enquanto a UTAD a poderá patentear e aplicar a projetos futuros.
Ana Ponte
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