quinta-feira, 17 de abril de 2014

Aplicação que permite viajar ao passado


Uma equipa de investigação da Universidade de Vila Real está a desenvolver uma tecnologia que permite  "viajar ao passado" em sítios arqueológicos, através de óculos ou de tablets, de modo a ver-se reconstruções virtuais de como eram originalmente esses locais.
A ideia é dar a sensação de estar numa cidade romana ou num castelo medieval enquanto se passeia nas suas ruínas.

"O objetivo do Mix.AR é desenvolver um sistema de Realidade Mista que permite visualizar, no local, reconstruções virtuais de sítios arqueológicos, na sua estrutura original, fornecendo, assim, uma percepção mais real e contextualizada dos locais em questão", Luís Magalhães.

O Mix.Ar está a ser desenvolvido na UTAD, em parceria com a empresa de marketing digital GEMA, e conta um financiamento de cerca de 300 mil euros.

O docente responsável pelo projeto referiu ainda que o aspecto inovador deste projeto está na mistura "entre a abordagem da realidade aumentada e a virtualidade aumentada".

"O sistema completo é constituído por uma solução de hardware e software para a produção de ambientes de RM mais imersivos e com contextualização histórica, reunidos num único produto, de fácil utilização", Luís Magalhães.

O responsável explicou ainda que o projeto encontra-se em fase de arranque e que deverão ser produzidas duas soluções para a visita aos locais: 
- Uma das quais recorrerá à utilização de uns óculos de realidade aumentada, com uma câmara incorporada que permite ir filmando o ambiente real. 
- Uma segunda solução passa pelo recurso aos tablets, que poderão ser usados como "uma janela para o passado".

"O visitante usa os óculos e leva também um aparelho que irá fazer um processamento das imagens, que posteriormente irá fornecer as imagens virtuais. (...) O visitante aponta a câmara do tablet para um local onde estaria um edifício e consegue ver sobre as ruínas o modelo virtual desse edifício.", Luís Magalhães.

Luís Magalhães acrescentou que a previsão para o projeto estar concluído será num espaço de um ano.
 A empresa Gema ficará detentora da tecnologia, enquanto a UTAD a poderá patentear e aplicar a projetos futuros. 



Ana Ponte
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