A luxuosa loja britânica Selfridges recuperou em plena época de liquidações a Sala do Silêncio, um espaço onde a calma prevalece, criado para as pessoas se isolarem da voracidade do consumo e que a companhia já utilizou há um século.
Além do espaço para isolamento e reflexão, a iniciativa inclui mensagens de meditação criadas por um monge budista, o que tem como objetivo fazer com que os londrinos se concentrem no mais importante: buscar a qualidade.
A Sala do Silêncio, situada no quarto andar de um luxuoso complexo, tem como único móvel um banco que permite aos frequentadores do espaço descansar, sem limite de tempo, em um ambiente sóbrio e levemente iluminado.
Para entrar neste recanto de paz de design minimalista é preciso retirar os sapatos, assim como celulares e qualquer outro aparelho eletrônico.
Apesar da aparência futurista do projeto, que procura combater o estresse atual, a ideia tem mais de um século de história e foi iniciativa do fundador da marca, Harry Gordon Selfridge, em 1909, com o mesmo objetivo de hoje.
A ideia, na ocasião, foi oferecer aos compradores "um retiro para descansar da voracidade das liquidações e recuperar forças", segundo lembrou a empresa por meio de um comunicado.
As lojas de departamento britânicas já recorreram a especialistas em meditação para ajudar os compradores a enfrentar com calma datas consumistas, especialmente populares em Londres.
A Selfbridges, por sua vez, contratou agora o monge budista Andy Puddicombe, um dos fundadores da Headspace, projeto que pretende desmitificar a meditação e torná-la prática na vida diária.
Puddicombe sugeriu que as pessoas usem cartazes com mensagens e conselhos sobre práticas de meditação, que estarão disponíveis em versão digital no site da Selfridges.
Outra das iniciativas da Seldridges é a aposta na chamada Loja Tranquila (Quiet Shop), um espaço onde os produtos de marcas famosas são vendidos sem seus respectivos rótulos.
Marcas como Heinz, Marmite, Levi's e Estée Lauder tornam-se no local reconhecíveis apenas para os consumidores habituados a identificar seus produtos, um gesto que as próprias marcas justificaram argumentando que devido a sua qualidade qualquer outra referência é desnecessária.
As marcas que eliminaram seus logotipos têm confiança de que seus produtos se bastam para serem vendidos, e que suas formas são tão belamente desenhadas que o consumidor será capaz de reconhecê-las sem necessidade de ler seu nome.
A própria Selfridges está seguindo o exemplo, e pelo menos até que a campanha acabe, no final de fevereiro, fará desaparecer seu nome e rótulo de suas tradicionais bolsas amarelas.
Fonte: http://br.financas.yahoo.com/noticias/tradicional-loja-londres-cria-espa%C3%A7o-120756272.html
Priscilla Machado nº 31443
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