Produtores aprendem inglês técnico para exportar vinhos verdes
Os produtores da região dos vinhos vão iniciar em Fevereiro acções de formação, no Porto e em Arcos de Valdevez, para aprender inglês técnico, que os ajudará a "expressarem-se correctamente" junto dos importadores. A iniciativa da comissão de viticultura da região (CVRVV) visa potenciar as exportações para compensar a quebra prevista no mercado interno.
A estrutura baterá o recorde de investimento na promoção dos seus vinhos, os segundos mais exportados a seguir ao vinho do Porto. Passa de 1,4 milhões em 2011 para 3,4 milhões de euros este ano, sendo 2,4 milhões oriundos de apoios públicos. Será orientado para oito mercados prioritários. Merecendo os Estados Unidos a maior fatia (23%) do esforço, seguido por Portugal, que, apesar da crise, consome 70% da produção. O potencial sueco justifica a primeira abordagem. No dia 11 de Janeiro, em conferência de imprensa, a CVRVV mostrou que o vinho branco continua a ser o grosso do negócio (85%), e com vendas estáveis há três anos: em 2011 ascenderam a 44,2 milhões de litros. O tinto representa pouco - 5,4 milhões e está a ser alvo de " algumas experiências", também impulsionado pelo fenómeno do vinho lambrusco. O rosé está a crescer, mas ainda só representa 1,6 milhões de litros.
Apesar de menos de um quinto dos produtores venderem para fora, os vinhos verdes passaram de uma quota de exportação de 15,5 % em 2002 para mais de 30% no ano findo. "Até aos 50% podemos crescer", perspectivou o líder da CVRVV, Manuel Pinheiro. Os EUA Continuaram a ser o melhor mercado ( 16% do total), seguindo-se a Alemanha e a França.
Fonte: Jornal Negócios, Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2012
Josiane Correia
Josiane Correia
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