A crise aumentou a notoriedade e mediatismo dos Homens da Luta, que já têm convites para darem a cara por campanhas. Serão só mais uma marca da ‘moda’ ou vão vencer a luta no mundo do marketing?E o povo pá? Esta foi a frase, ou slogan, que lançou os Homens da Luta para as ‘ruas’ portuguesas. Hoje são considerados por alguns especialistas de marketing uma das melhores marcas nacionais. Mas Jel, um dos mentores do projecto, faz questão de salientar que «os Homens da Luta já existem há quase seis anos e os especialistas nunca nos ligaram nenhuma. Depois de os resultados acontecerem é fácil virem com as receitas!».
Apesar de este ser um tema controverso no que diz respeito à definição de marca, principalmente no mundo académico, para Paulo Morais, especialista em marketing digital, eles são um produto que «simboliza a revolução e a crise em que vivemos. É uma marca que consegue transmitir ao mesmo tempo emoções contraditórias as sociadas à alegria e à revolta, o que a torna tão especial e diferenciadora».
Inconscientemente ou não, através da sua ‘luta’, Jel e o irmão Falâncio seguiram as regras básicas do marketing e «acabaram por dar uma lição a muitas marcas empresariais», acrescenta Paulo Morais.
Desde a definição da missão (luta), selecção do seu público-alvo (povo em geral), cumprimento de valores ou estratégia de comunicação (digital), «podemos estar perante um exemplo interessante de sucesso. Além disso, os Homens da Luta sabem ouvir os seus seguidores e, como se viu na manifestação da Geração à Rasca, respondem aos apelos de luta!», detalha.
«Se há valor no nosso trabalho é porque somos persistentes e nunca desistimos. Tentámos sempre inovar e crescer. Este é nosso segredo de marketing», revela Jel, ao SOL.
Outra das características importantes, principalmente nos tempos actuais, é que os Homens da Luta criam valor sem custo para o seu público-alvo. «Não preciso de gastar um cêntimo para me divertir com eles e aceder ao seu conteúdo (música e vídeos). Este é um modelo de negócio que começa a ganhar terreno no mundo dos negócios. Temos o exemplo da Google», comenta Paulo Morais.
Mas, para permitir que os adeptos da ‘revolução’ não gastem um tostão, são os líderes da ‘luta’ que ficam ‘desfalcados’. «O investimento saiu todo do nosso bolso. Nós não temos qualquer tipo de patrocínios, pá! E em muitas situações perdemos dinheiro, como por exemplo quando fomos gravar o programa da SIC Radical para os EUA, merchandising ou a gravação do nosso álbum» revela Jel. «Aliás ainda estamos a pagar o empréstimo ao banco!», acrescenta.
Quanto ao futuro da marca Homens da Luta, para Joaquim Caetano, especialista em marketing político, uma vez que eles são «um produto do momento político que vivemos e um factor de moda, caso continuem com a mesma postura vão cair em desuso muito rápido. Ou optam por implementar mesmo um posicionamento, ou então serão apenas mais um produto de ocasião».
Mas Jel e Falâncio não partilham a mesma opinião e vão continuar na ‘luta’. Além do livro Viva a Crise! Manual da Alegria – que vai ser lançado no dia 8 de Abril –, os ‘camaradas’ também já estão a a negociar com a SIC Radical um novo programa que irá para o ‘ar’ até ao final do ano.
E, como a revolução não se faz só na rua, os Homens da Luta também querem entrar no grande écran e realizar um filme.«Mesmo que nenhuma produtora esteja interessada, pagamos do nosso bolso! Não estamos nisto para ficar ricos, pá! Estamos nisto para continuar a criar riqueza e trabalho», adianta Jel. Aliás, «Eu e o meu irmão criámos e lançámos o projecto, mas hoje já somos 20. Somos uma marca cooperativa, onde o ganho é dividido por todos e é reinvestido».
A liberdade criativa, continuar a dar a cara em manifestações e comícios políticos são «a nossa imagem de marca e vamos mantê-la». Desde que ganharam o Festival da Canção já receberam propostas para dar a ‘cara’ numa publicidade de um banco, bem como de outros sectores de actividade como bebidas e retalho, «mas recusámos sempre. Além de ir contra os nossos princípios, achamos que não devemos misturar os Homens da Luta, nesta altura, com nenhuma marca», detalha.
Fonte:http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=15192
Telmo Valezim n.º 25309
Apesar de este ser um tema controverso no que diz respeito à definição de marca, principalmente no mundo académico, para Paulo Morais, especialista em marketing digital, eles são um produto que «simboliza a revolução e a crise em que vivemos. É uma marca que consegue transmitir ao mesmo tempo emoções contraditórias as sociadas à alegria e à revolta, o que a torna tão especial e diferenciadora».
Inconscientemente ou não, através da sua ‘luta’, Jel e o irmão Falâncio seguiram as regras básicas do marketing e «acabaram por dar uma lição a muitas marcas empresariais», acrescenta Paulo Morais.
Desde a definição da missão (luta), selecção do seu público-alvo (povo em geral), cumprimento de valores ou estratégia de comunicação (digital), «podemos estar perante um exemplo interessante de sucesso. Além disso, os Homens da Luta sabem ouvir os seus seguidores e, como se viu na manifestação da Geração à Rasca, respondem aos apelos de luta!», detalha.
«Se há valor no nosso trabalho é porque somos persistentes e nunca desistimos. Tentámos sempre inovar e crescer. Este é nosso segredo de marketing», revela Jel, ao SOL.
Outra das características importantes, principalmente nos tempos actuais, é que os Homens da Luta criam valor sem custo para o seu público-alvo. «Não preciso de gastar um cêntimo para me divertir com eles e aceder ao seu conteúdo (música e vídeos). Este é um modelo de negócio que começa a ganhar terreno no mundo dos negócios. Temos o exemplo da Google», comenta Paulo Morais.
Mas, para permitir que os adeptos da ‘revolução’ não gastem um tostão, são os líderes da ‘luta’ que ficam ‘desfalcados’. «O investimento saiu todo do nosso bolso. Nós não temos qualquer tipo de patrocínios, pá! E em muitas situações perdemos dinheiro, como por exemplo quando fomos gravar o programa da SIC Radical para os EUA, merchandising ou a gravação do nosso álbum» revela Jel. «Aliás ainda estamos a pagar o empréstimo ao banco!», acrescenta.
Quanto ao futuro da marca Homens da Luta, para Joaquim Caetano, especialista em marketing político, uma vez que eles são «um produto do momento político que vivemos e um factor de moda, caso continuem com a mesma postura vão cair em desuso muito rápido. Ou optam por implementar mesmo um posicionamento, ou então serão apenas mais um produto de ocasião».
Mas Jel e Falâncio não partilham a mesma opinião e vão continuar na ‘luta’. Além do livro Viva a Crise! Manual da Alegria – que vai ser lançado no dia 8 de Abril –, os ‘camaradas’ também já estão a a negociar com a SIC Radical um novo programa que irá para o ‘ar’ até ao final do ano.
E, como a revolução não se faz só na rua, os Homens da Luta também querem entrar no grande écran e realizar um filme.«Mesmo que nenhuma produtora esteja interessada, pagamos do nosso bolso! Não estamos nisto para ficar ricos, pá! Estamos nisto para continuar a criar riqueza e trabalho», adianta Jel. Aliás, «Eu e o meu irmão criámos e lançámos o projecto, mas hoje já somos 20. Somos uma marca cooperativa, onde o ganho é dividido por todos e é reinvestido».
A liberdade criativa, continuar a dar a cara em manifestações e comícios políticos são «a nossa imagem de marca e vamos mantê-la». Desde que ganharam o Festival da Canção já receberam propostas para dar a ‘cara’ numa publicidade de um banco, bem como de outros sectores de actividade como bebidas e retalho, «mas recusámos sempre. Além de ir contra os nossos princípios, achamos que não devemos misturar os Homens da Luta, nesta altura, com nenhuma marca», detalha.
Fonte:http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=15192
Telmo Valezim n.º 25309
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