"Estamos a andar mais depressa do que estimámos", afirmou à Lusa a diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição - APED, Ana Isabel Morais, explicando que a inflação, o desemprego e as medidas de austeridade aceleraram o já esperado aumento de quota de mercado das marcas próprias das distribuidoras.
As marcas da distribuição têm ganho nos últimos anos quota de mercado em Portugal, mas a atual conjuntura acelerou o processo: "Com a quebra de rendimentos, os consumidores ficam hipersensíveis ao preço e, como já ganharam confiança nas marcas próprias, optam cada vez mais por marcas da distribuição", acrescentou.
No setor da alimentação, os dados da APED indicam que os seus associados aumentaram a quota de mercado das marcas próprias três pontos percentuais para 36 por cento no primeiro semestre deste ano, face ao mesmo período de 2010.
Mesmo com este aumento de quota, o país tem margem para crescer, uma vez que países tomados como referência das grandes distribuidoras conquistaram já quotas de 55 por cento do mercado.
A proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano prevê um agravamento para a taxa máxima de 23 por cento de alguns produtos da taxa mínima (seis por cento) e intermédia (13 por cento) do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) aplicado sobre produtos como água engarrafada, batata frita congelada, refrigerantes, óleos alimentares ou margarinas.
Fonte: rtp.pt
Sofia Rocha 27602
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