Um protótipo já foi construído e testado. Com design
futurista e tamanho extra-small, o carro sem condutor do Google tem dois
lugares, atinge a velocidade máxima de 40 kms/h mas não tem volante, acelerador
ou travões, o que impede qualquer intervenção humana. As viaturas serão muito
básicas, mas a empresa norte-americana, que lançou o projecto há quatro anos,
garante uma condução segura sem luxos.
No final de Abril, o Google anunciava mais um passo no
projecto do seu carro sem condutor. Com a actualização do software usado nas
viaturas passou a ser possível detectar em simultâneo centenas de
objectos-peões distintos, autocarros, sinais de stop usados por polícias de
trânsito, ou um ciclista que avisa que vai realizar uma possível viragem. Para
mostrar a capacidade de condução sem condutor e incidentes, o Google colocou um
dos seus carros de teste para se aventurar no trânsito das ruas de Mountain
View, cidade que serve de morada à empresa na Califórnia.
O protótipo, apresentado esta terça-feira pelo Google no seu
blogue, é pequeno, de linhas curvas, não tem volante, acelerador ou travão e dá
apenas para dois passageiros. Totalmente autónomo, sem necessidade de um
condutor, actua com base num software e sensores.
Os sensores permitem que a viatura ultrapasse os chamados
ângulos mortos, detecte objectos a cerca de 180 metros de distância em todas as
direcções, anda a uma velocidade máxima de 25 milhas por hora (40 kms/hora). No
interior, nada de luxos. Dois lugares, com cintos de segurança, espaço para
pequenas bagagens, botões para iniciar e interromper a viagem, e um ecrã onde
os ocupantes podem ir acompanhando o percurso.
O carro pode ser orientado através de uma aplicação para
smartphone, sem intervenção humana. Por exemplo, através da aplicação, a
viatura vai buscar um passageiro e automaticamente inicia a viagem até ao destino
seleccionado no smartphone.
“Os veículos serão muito básicos”, sublinha Chris Urmson,
director do projecto, “mas levam-nos até onde queremos pressionando um botão”.
“E isso é um passo importante para melhorar a segurança nas estradas e
transformar a mobilidade de milhões de pessoas”, acrescenta.
Para já, a empresa norte-americana pretende construir perto
de 100 protótipos e ainda este Verão vão ser testadas versões iniciais destas
viaturas que ainda têm controlos manuais, explica o Google. A utilização de
controlos manuais ainda é obrigatória na Califórnia, Nevada e Florida, isto
apenas nos Estados Unidos, segundo a lei que permite a circulação de veículos
autónomos mas com um condutor a garantir que a condução se faça de forma
segura.
“Se tudo correr bem, gostaríamos de desenvolver um
programa-piloto na Califórnia nos próximos dois anos. Vamos aprender bastante
com esta experiência e se a tecnologia se desenvolver como esperamos, vamos
trabalhar com parceiros para trazer essa tecnologia para o mundo de forma
segura”, afirma o director do projecto. Para já, o Google não indica se
pretende comercializar a sua própria viatura ou vender a tecnologia que permite
a condução autónoma a fabricantes de automóveis.
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