A Amazon e a Hit Entertainment, uma
divisão da fabricante de brinquedos Mattel, assinaram um acordo para a
criação de um centro de conteúdos que irá disponibilizar, na plataforma
de e-commerce, episódios e produtos de merchandising da série infantil
“Bombeiro Sam”. O negócio está a levantar alguma controvérsia
relacionada com as questões do marketing para crianças.
O acordo marca uma alteração relevante
na estratégia da Amazon, que até agora mantinha os negócios de
“streaming” de vídeos e retalho separados. Desta feita, quer os
episódios da série “Bombeiro Sam” – destinada a crianças entre os 2 e os
5 anos – quer os produtos de merchandising, como livros, jogos,
t-shirts ou calçado, serão vendidos em exclusivo no portal
norte-americano.
De acordo com o The New York Times, está
previsto o lançamento de 75 episódios da série na Amazon até ao final
do ano, enquanto os produtos de merchandising só deverão chegar à
plataforma em Outubro.
Este negócio «permite-nos ver até onde o
franchising de uma série infantil pode chegar», afirma Sid Mathur,
vice-presidente da Hit Entertainment, citado pelo The New York Times.
«Ao mesmo tempo, permite à Amazon deixar de ser apenas um sítio que
simplesmente satisfaz a procura do consumidor, para criar essa própria
procura», acrescenta.
Por sua vez, Peter Larsen,
vice-presidente da Amazon, sublinha que a plataforma de e-commerce «está
sempre à procura de novas formas de facilitar a vida aos pais».
O negócio está, no entanto, a gerar
alguma controvérsia relacionada com o marketing de produtos destinados a
crianças. «Todas as séries para crianças são feitas com os produtos de
merchadising em mente, mas normalmente não há uma ligação directa entre a
visualização dos episódios e a compra deste tipo de produtos», conforme
explica James McQuivey, analista da Forrester Research.
A Amazon argumenta que, apesar dos
episódios e produtos de merchandising da série “Bombeiro Sam” estarem
disponíveis no seu site primário, espera que as crianças acedam aos
episódios através de um dos seus serviços com restrições. É o caso do
Kindle FreeTime, um serviço de streaming por subscrição que dá às
crianças o acesso a um conjunto pré-seleccionado de séries, mas
impede-as de visitar as páginas de retalho da Amazon.
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