quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

Pink-cause Marketing

A edição desta semana da Time traz destacada na capa "The German question".
A questão alemã tem a ver com a contradição social que é facto de o país ter uma chanceler, Angela Merkel, ao mesmo tempo que as cidadãs alemãs têm muitas vezes que optar entre carreira e família.
O papel social da mulher é ainda visto de acordo com os 3 KK – Kinder, Küche e Kirche (crianças, cozinha e igreja). (texto completo, longo e em inglês, aqui).
Será que a nossa sociedade é muito diferente?
Parece-me que a igualdade de oportunidades entre géneros continua a ser uma causa necessária.
Daí o título do post.

Ricardo Gouveia Rodrigues

P.S. Um fait divers mas que tem tudo a ver com o tema: o MSWord, onde este texto foi escrito, apontou-me um erro gramatical: falta de concordância de género entre o artigo uma e o substantivo chanceler. Para os autores do corrector gramatical, chanceler é e só pode ser masculino.

13 comentários:

Anónimo disse...

pois pois...podemos dizer que ainda as mulheres em alguns casos sao vistas assim.... cozinha , filhos....... enfim!!!! Mas as coisas ate ja mudaram !!!!sendo mulher acredito que isso ja está um pouco ultrapassado pois nos somos cada vez mais indepentes e n pensamos como primeira prioridade nos filhos na casa.... mas sim pensamos numa carreira profissional de sucesso atingindo todos os nossos objectivos!!!!

Anónimo disse...

Ao contrário do que muitos possam pensar, o nível de desenvolvimento de um país também se pode medir pelo papel que a mulher desempenha na sociedade. A título de exemplo, veja-se o caso de alguns países nórdicos nos quais as mulheres têm mais direitos em termos de oportunidades profissionais, maiores regalias aquando da maternidade e maior representação na vida política. Infelizmente nos países latinos tais realidades nem sempre se verificam. Porque será????????

Anónimo disse...

Será porque os paises latinos são extremamente religiosos?

Anónimo disse...

Boa pergunta Sr. Etreiu ou BBBB!
Eu penso que as mulheres não deviam ter nem mais nem menos que os homens. E penso que a nível legislativo isso até está bem explicito! Pior, é conseguir consciencializar a sociedade que assim deve ser! A discriminação está na cabeça do Homem. Dos homens e das mulheres. Conheço mulheres da minha geração que proibem os homens de tocar num prato, e então um aspirador... De certa forma, são as mulheres que ainda insistem na discriminação de sexos... Mas esta questão é, sociologicamente, pouco consensual.
Quanto à religião, se pensarmos nela do ponto de vista da sua forte influência institucional, teve e tem um papel activo na descriminação por género. Mas, apenas alargando a perspectiva de análise, se pode chegar a alguma conclusão. A política, por exemplo, serviu-se já da discriminação como forma de control social. E não foi assim há tanto tempo!

Li, há tempos, que as mulheres não sobem mais nas empresas por não terem tempo para ir "jogar futebol" e "tomar um whisky" com o chefe. Por um lado, porque têm as questões familiares sobre os seus ombros, por outro, porque tomar um whisky com o chefe é, ainda, questão para mexerico! Verdadeiros telhados de vidro, que a meu ver, só o desenvolvimento cultural e intelectual da sociedade, poderá quebrar! Ou não fosse esta a solução para todos os problemas sociais!

Anónimo disse...

Prof Ricardo:

Bom era que todos ordenassem "Ignorar frase" em vez de "Substituir por Um chanceler"!! :)

Anónimo disse...

Também ouvi dizer k mts homens não sobem tanto como as mulheres pois faltam-lhes talentos... acho k isso tem nome arrivismo ou vidismo!

Realmente é uma quetão complexa, a mulher e o homem são diferentes e tem de se saber aceitar as diferenças e valorizar cada individuo onde é mais produtivo.

Penso k será uma questão de educação, vejam as mulheres deste curso k apostam na educação e certamente vão revolucionar o mundo, vão matar um paradigma milenar.

Anónimo disse...

Cara :), talvez um ponto importante em qualquer emancipação seja a possibilidade de conciliação entre os dois mundos: família e profissão.

Anónimo disse...

Arminda, eu acho que não em a ver com o sermos latinos. Nós temos mais regalias por maternidade E paternidade que os EUA ou o Reino Unido.

Anónimo disse...

Talvez tb não tenha a ver com a presença da religião na sociedade, Etreiu. Nos países nórdicos a separação entre igreja e Estado é bem menos evidente que em Portugal ou Espanha. Por exemplo na Suécia, a cada contribuinte é retirada automaticamente uma parcela do seu rendimento anual como contribuição para a igreja oficial do Estado (não sei precisar se a Luterana ou a Calvinista). O chefe de Estado do Reino Unido é também o líder religioso máximo da religião oficial (Anglicana). Não há países latinos com religião oficial.

Anónimo disse...

Quanto ao comentário da Aldina, lembrou-me uma crónica do Júlio Machado Vaz, há tempos, em que ele dizia que todo o machista teve uma mãe que o educou segundo o “código de conduta do machista”. Já agora, lendo o texto que deu origem ao post, encontram-se testemunhos de que algumas das pessoas mais militantemente críticas das opções de algumas mulheres são outras mulheres.
Conclusão – o ser sexista não depende do sexo do indivíduo. Pode ser-se machista sendo homem ou mulher e pode ser-se feminista sendo homem ou mulher.

Anónimo disse...

Realmente não há religiões oficiais, mas quando num estado laico se mandam retirar crucifixos das escolas e existem fortes manifetações contra. Não há relegiões oficiais mas há por ventura paises mais fervorasamente religiosos que os latinos? Vaticano não está em Itália!

Não sou contra a religião pelo contrário, mas ouve uma deturpação de principios ao longo dos tempos, divulgados pela religião que convenhamos afectou a noção de condição feminina.

Não é só a religião católica, o Alcorão consagra esta magnifica frase "a mulher é o camelo k Alá me deu pr atrevessar este deserto que é a vida", e mesmo a religião católica na I Epístola de S.Pedro diz "as esposas sejam submissas aos seus maridos ...", e esta leitura é lida actualmente nos casamentos. Não podemos retirar este vector da equação, faz parte da nossa história.

Claro k a condição feminina como outro qualquer outra coisa só foi prepetudo devido à educação. Actualmente por vezes parece k o paradigma está a esgotar-se, mas parece k mulheres querem de certa forma mante-lo em lume brando. Não generalizndo, por vezes acho k as mulheres pertendem acender uma vela a Deus e ao diabo, querem as vantagens dos dois mundos.Será?

Anónimo disse...

Penso que é obvia a diferença entre os sexos, não só a nível fisico, mas também ao nível do funcionamento da redes neuronais. De facto pensamos de maneira diferente dos homens. Não quer dizer que melhor ou pior. As conclusões podem ser idênticas, a forma de lá chegar, os métodos de raciocínio é que são diferentes. Mas isto para dizer, de facto, existem profissões para as quais as mulheres e homens estão menos habilitados. É uma raridade encontrar um homem a exercer Educação de infância tal como uma mulher a carregar baldes de massa. Mas, obviamente, que para todas as regras existem excepções ou, como diria o caro amigo Chico, a excepção confirma a regra.
Acho que a mulher pode perfeitamente conciliar as "crianças", a "cozinha",a "igreja" e a profissão, se o homem perceber que deve estar ao lado dela,e não em cima dos ombros dela.

Anónimo disse...

Back to the point:

A igualdade de oportunidades entre géneros é ou não uma causa social importante?
Se é, o que é que o marketing pode fazer para ajudar a causa?