Quando lidamos com o universo dos consumidores, muitos dos valores giram em torno da necessidade de reconhecimento, de status. Numa tradicional sociedade de consumo, o que consome mais, ou consome as melhores marcas - ou as mais caras, as mais cool, ou as mais raras -, irá tipicamente obter o maior status. Assim foi em Portugal, quando durante os anos 80 e 90, o Mercedes foi ícone máximo de algumas subculturas de uma sociedade de consumismo acelerado, recentemente incorporada dentro da UE.
Hoje, numa sociedade mais madura e recentemente prejudicada por crises económicas e de valores partilhadas com o mundo ocidental, os símbolos de poder alteram-se, albergando outros valores e estatutos como foco das histórias que os consumidores querem contar acerca de si próprios.
O status do "o meu é maior/mais caro/mais exclusivo" não irá desaparecer - especialmente nos mercados emergentes onde a necessidade de provar o sucesso é ainda premente - mas há outros status que os consumidores desejam ver provados em público que as marcas podem ajudar a cumprir, sendo ícones desses estatutos e criando histórias que possam ser contadas e partilhadas acerca dos mesmos.
O de "cidadão sustentável é um deles, já que são muitos os consumidores despertos para a necessidade, procurando formas de provar o seu estilo de vida: híbridos, cartões de crédito verde, selos que certifiquem a preocupação com o mundo.
Josiane Correia nº25851
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