A principal conclusão de um projecto-piloto, que está a ser desenvolvido há três anos, pela ALTEC (Associação de Laserterapia e Tecnologias Afins) é que a dificuldade nos contactos entre os cientistas e as empresas e instituições portuguesas continua a ser um entrave ao avanço de projectos científicos no nosso País. .
A pesquisa que reuniu 32 entidades (públicas e privadas) e teve como objectivo analisar a resposta das entidades à apresentação de projectos científicos e concluiu que “existem em Portugal barreiras que impedem a normal relação entre a comunidade científica e as diversas empresas, que representam um entrave ao desenvolvimento e progresso de Portugal”.
A grande maioria das empresas/entidades não dão qualquer resposta à apreciação dos projectos (ou demoram mais de um ano em fazê-lo). Apenas duas das empresas em avaliação responderam à apresentação dos projectos em 48 horas.
A dificuldade em agendar reuniões, as múltiplas barreiras que os cientistas enfrentam até chegar à pessoa indicada, a indisponibilidade para responder ao candidato e a falta de resposta atempada ao projecto, são os principais obstáculos ao desenvolvimento cientifico no País.
“É preciso mudar a mentalidade de muitos investidores e empresários em Portugal que muitas vezes ignoram a área da ciência, deixando um enorme vazio na ideia de progresso e avanço tecnológico e científico. É preciso mostrar o caminho para um empreendedorismo que potencie as capacidades que temos nas mais diversas áreas da ciência”, sublinha o presidente da ALTEC, António Lúcio Baptista.
Para chamar a atenção do problema da falta de empreendedorismo científico em Portugal, a Associação criou o Prémio “ Open Mind”, que destaca indivíduos que demonstram ser capazes de avaliar rapidamente o interesse e viabilidade de um projecto científico.
domingo, 30 de maio de 2010
Empresários portugueses ignoram área da ciência
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