Lia há algum tempo algo sobre ambush marketing. Qualquer coisa do mundial de futebol na África do Sul. Pensei ora aqui está um tema para colocar no bimarketing… Vou falar do mundial de futebol. Depois pensei, talvez não domine suficientemente o tema do futebol, de maneira que, o melhor mesmo é falar de ambush marketing.
Ambush marketing, marketing de embuste, penetras…várias denominações para definir o envolvimento de pessoas, organizações ou marcas em torno de um evento, sem dele serem patrocinadores. Isto é, não obstante a organização do evento protocolar o patrocínio com uma empresa ou marca (esta compromete-se financiar monetariamente ou através de um apoio de outro género, o evento e em contrapartida consegue a promoção do seu produto/serviço, marca ou imagem), existem ainda assim outras organizações que, infiltrando-se estrategicamente, conseguem associar a sua imagem ao evento, transmitindo a ideia de que são efectivamente patrocinadores. Por um lado conseguem o seu objectivo, promoção da marca, por outro não tiveram custos em financiar o evento e em casos extremos conseguem sobrepor-se aos verdadeiros patrocinadores.
Consta que as primeiras manifestações de ambush marketing ocorreram em 1984, nos Jogos Olímpicos. Mais tarde, Michael Jordan, em 1992 ao receber uma medalha, levou ao máximo o ambush marketing, ao tapar o logótipo do patrocinador do evento (Reebok), com a bandeira do seu patrocinador individual (Nike).
Para combater estas situações, cada vez mais têm surgido formas de regulamentar as organizações desportivos, nomeadamente Jogos Olímpicos, e eventos ligados ao futebol, já que têm grande visibilidade.
A propósito do mundial de 2010, a África do Sul, em 2001, aprovou alterações de forma a punir declarações, ou qualquer tipo de manifestação que sugiram alguma relação contratual, ou outra ligação com o evento, sem que assim o seja. De referir que a lei criminaliza o ambush marketing com penalizações que vão da multa à pena de prisão.
Ainda que o ambush marketing seja uma prática desleal, considero que toma proporções extremas e em algumas situações ultrapassa os limites do que é aceitável. Porém no que toca à “guerra” das empresas, sem dúvida que falamos de uma poderosa arma.
Por isso já sabem:
- Empresas: Tenham atenção. Não se colem a um evento de que não são patrocinadores. É muito feio ser-se penetra…Se falarmos do mundial de futebol que está aí à porta, a punição pode ir até pena de prisão – é de repensar.
- A todos os outros… bem vejam os jogos do mundial, torçam por Portugal e não se esqueçam que há brincadeiras que podem correr mal. No mundial de 2006, cerca de mil adeptos holandeses viram o jogo em cuecas, por serem obrigados a despir as calças que tinham o logótipo de uma cerveja que não a patrocinadora.
Aqui fica uma imagem elucidativa de ambush marketing. O nadador Ian Thorpe ao receber uma medalha, apresentou-se com a toalha ao ombro, tapando assim o logótipo do patrocinador do equipamento desportivo, a Nike, uma vez que o seu patrocinador individual era a rival Adidas.
Imagem retirada de: fulltext.ausport.gov.au/
Joana Felisberto nº22197
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