Na Alimentaria 2008, a que termina hoje em Barcelona, a TNS apresentou o mais recente estudo relativamente às exigências do consumidor do futuro, bem como às tendências do retalho.
Tomando como referência o mercado espanhol, Josep Montserrat, Worlwide Managing director da TNS, revelou que «as lojas do futuro terão de apostar na segmentação, assim como “inventar” um novo futuro de modo a adiantar-se às exigências do consumidor». Este mesmo consumidor tornar-se-à muito mais exigente e quererá que a experiência de compra seja agradável não gastando, por isso, muito tempo na escolha de produtos.
O estudo aponta, também, que, em relação ao mercado espanhol, imigrantes, lares unifamiliares e targets por categoria marcarão as estratégias de segmentação.
Segundo os resultados do estudo deste estudo, as cinco principais razões para a eleição de uma loja são: proximidade, relação preço/qualidade, bons preços, possibilidade de agrupar todas as compras num só mesmo estabelecimento e, por último, a oferta de uma marca própria de confiança.
De modo a aproximar as lojas dos consumidores, Josep Montserrat salientou que é preciso olhar não para o actual momento, mas para o que serão os mercados dentro de 5 a 10 anos. Assim, é preciso saber quais são as preferências do segmento de consumidor mais vanguardista, aqueles que indicam determinadas tendências, os denominados “future shapers”.
Mas o que são estes “future shapers”? «Os consumidores que marcam o futuro são aqueles pessoas cujas atitudes e comportamentos os situam na vanguarda das grandes tendências que influenciam de forma global o comportamento do consumidor “comprometido”», salientou Montserrat. «Estes “future shapers” são uma nova “casta” de consumidores inteligentes e activos (”novo consumismo”, contrapondo-se ao comprador passivo e ingénuo de hoje (velho consumismo)». (Uma redenominação dos Opinion Makers, diria eu...)
Assim, estes “future shapers” caracterizam-se por ser pessoas/consumidores com mentalidade aberta e liberal, inteligentes e activos, inquietos e curiosos (possuem pontos de insatisfação que os “empurram” para a procura de novas experiências), são perfeccionistas (não lhes satisfazendo a primeira opção), valorizam a novidade, o diferente, o selectivo, no fundo tudo o que poderá proporcionar uma personalidade diferenciadora.
De uma forma global, o retalho alimentar tenta responder a estas tendências/exigências, oferecendo lojas mais mais amplas, limpas, com produtos de fácil localização, graças a uma racionalização do sortido e uma segmentação por secções via lineares e códigos de cor.
Deste modo, «inovação é palavra-chave, não só em produtos, mas também em processos, serviços e vínculos com os clientes, referiu Montserrat. Assim, a inovação apresentada pelos fabricantes poderá - e deverá ser - aproveitada pela distribuição, apostando nesta diferenciação, desenhando para tal uma política clara em como efectuar a gestão da inovação e transmiti-la ao consumidor da forma mais fácil, prática, cómoda, informativa, misturando a própria comunicação da insígnia com a inovação da marca, de modo a que o consumidor associe ambas.
No final disto tudo resta-me uma questão:Afinal que há de novo neste Estudo apresentado com tanta "pompa e circunstância"?
Antecipando-se ao próprio futuro o Bimarketing conseguiu uma fotografia exclusiva deste Consumidor do Futuro. Os mais curiosos podem ver a fotografia aqui.
2 comentários:
Lolol
O Bimarketing sempre à frente dos acontecimentos! Lol!
Agora falta saber o que está ele a comer... O apuramento deste facto parece-me importante para um estudo posterior, já na sua idade de "consumidor por conta própria". hehe
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