terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Perspectivas para 2012, por Miguel Osório

A TENDÊNCIA É A CONVICÇÃO

2012 será um dos anos mais desafiantes nas nossas carreiras. Fazendo uma analogia futebolística, é o jogo pelo qual todos esperamos: o momento em que tudo o que aprendemos vai ser posto à prova. Penso que mais do que adivinhar tendências temos que estar preparados, mais do que nunca, para acreditarmos nas nossas convicções.
Por isso elejo como tendências a imaginação e a audácia.
A imaginação porque se espalhou no mercado. Já não é exclusivamente guiada pelas marcas e pelas agências, mas também por milhões de clientes dotados de meios de feedback e ávidos em participar no desenvolvimento de produtos e serviços.
Imaginação também porque acredito que o contexto económico é propício ao desenvolvimento de um espírito de empreendedorismo capaz de desafiar os modelos de negócio de várias indústrias, conduzindo-as a uma maior modernização, eficiência e foco no cliente.
Numa era de frugalidade é preciso mais do que nunca estarmos atentos ao dia-a-dia dos nossos clientes: eles são cada vez mais selectivos e apenas se predisporão a escolher-nos se acrescentarmos verdadeiramente valor. A imaginação entra em toda a maneira de (re)pensar o negócio. Questionar e questionar outra vez. E trazer algo de novo (nem que seja só mais escolhas e melhores preços) ao mercado.
Mas uma sociedade globalmente mais participada é também uma sociedade mais conhecedora, pelo que a audácia será uma tendência inevitável na gestão nas marcas para 2012.
A audácia de não sermos conformistas, de fazer diferente de maneira diferente: partilhando visões, incorporando ideias externas e gerando outputs relevantes, comunicando-os de forma verdadeiramente surpreendente. Isto porque o correcto não chega. O extraordinário é o critério mínimo.
Todo o sector alimentar é hoje em dia um terreno fértil para um efectivo engagement com todos os stakeholders, como o provou a última edição do Mega Picnic na Avenida da Liberdade. Depois dos chefs teremos os produtores como os novos heróis e estes estarão cada vez mais próximos dos consumidores seja através da experiência em loja ou via novas tecnologias de informação sobre os produtos ou de técnicas de produção que, estou certo, irão transformar profundamente a paisagem das cidades nos próximos anos.
O sector da distribuição estará ainda mais no centro da vida das famí
lias portuguesas, no que constitui uma grande oportunidade para legitimamente aumentar a esfera de influência no seu dia a dia, muito além das lojas. É que, no contexto actual, as marcas que se abram à sociedade, a parceiros e aos seus clientes, serão certamente premiadas com um movimento recíproco. O sucesso de projectos como a Missão Sorriso, com nove edições sucessivas, prova isso mesmo e leva-me a reforçar a ideia que, na imprevisibilidade do próximo ano, temos que estar atentos e confiar no nosso melhor. Mais do que nunca a resposta à incerteza estará aí.

Fonte: www.meiosepublicidade.pt
Ana Pedro
nº 26620

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