Depois de os diversos canais de televisão anunciarem gastos record neste Natal, apesar da crise e dos cortes previstos para o próximo ano, vem agora o Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM)dizer, de acordo com um estudo recente sobre o consumo dos portugueses na época de Natal, que o gasto médio da população portuguesa para este Natal ronda os 373 euros. Isto significa um decréscimo de 22,7% face a igual período do ano anterior, altura em que a média se situava nos 490 euros.
O estudo regista ainda que 57,1% dos portugueses pretende reduzir os gastos com o Natal em 2010 e que só 6,2% pretende gastar mais do que no ano passado.É de destacar a preferência quanto ao local de compra, pois a maioria dos portugueses (43%) admite conciliar os centros comerciais com o comércio de rua, embora quase 40% revele que comprará exclusivamente nas grandes superfícies, apesar dos esforços do comércio tradicional para atrair vendedores nesta época do ano. No final apenas 8,6% afirma que comprará exclusivamente no comércio tradicional.
Os mais beneficiados com as prendas no sapatinho são, naturalmente, as crianças. No caso dos agregados familiares com filhos – 45% dos inquiridos – todos referiram a intenção de presentear os mais novos. O segundo grupo mais privilegiado é o dos cônjuges que, em 86% dos casos, vão poder contar com um presente na noite de Natal. Um total de 60% dos inquiridos admite comprar prendas para pais, irmãos e outros familiares. Apenas 21% pretende alargar a lista de compras aos amigos.
Em qualquer faixa etária, a tendência para oferecer roupa e sapatos é notória. No caso das prendas dirigidas a crianças até aos 12 anos, os produtos mais comprados serão roupa/sapatos – 21,6% – e jogos educativos – 20,4%. Para os adolescentes entre os 12 e os 18 anos, as escolhas recaem na roupa/sapatos – 27,6% – seguidas de livros – 25,2%. No caso dos presentes oferecidos a adultos, a eleição vai, uma vez mais, para a roupa/sapatos – 17,3% – seguida de perfumes/cosméticos – 15%.
Resta saber se os movimentos bancários dão razão às televisões ou ao IPAM, a ver vamos.
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