quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Marketing do Silêncio

Estimados membros da comunidade BIM

Após termos presenciado... mudos (presumo eu) à auto-demissão do coordenador do Plano Tecnológico, o Professor José Tavares, e de mais sete dos seus colaboradores, o Governo quer que os parceiros mantenham o silêncio sobre um dos documentos-bandeira do seu programa.

Para que não se dissemine por todas as camadas da sociedade portuguesa um novo conceito de Marketing do Silêncio, em voga nos mais diversos quadrantes da vida económica, política e social deste jardim à beira-mar plantado, eis que vos deixo um documento síntese que podem ler em silêncio e, posteriormente, reflectir e opinar:
O Plano Tecnológico.

A bem do nosso futuro, venham de lá essas reflexões críticas.

Saudações académicas

João Leitão

5 comentários:

Anónimo disse...

O Governo vai hoje apresentar o Plano Tecnológico. Vamos estar atentos...

Anónimo disse...

O calendário de festas é como segue.

«O Conselho de Ministros aprova hoje o Plano Tecnológico, documento que o Governo considera estratégico para o crescimento económico e para a modernização do país e que se divide em três eixos: conhecimento, tecnologia e inovação.

Após aprovado em Conselho de Ministros ao fim da manhã, o Plano Tecnológico será depois apresentado publicamente ao início da tarde pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e pelo titular das pastas da Economia a Inovação, Manuel Pinho, durante uma sessão que decorrerá na antiga Feira Internacional de Lisboa (FIL).

De acordo com fonte do Governo, o documento do Plano Tecnológico - uma das principais promessas eleitorais de José Sócrates antes das últimas legislativas - está dividido em quatro capítulos: uma estratégia de crescimento com base no conhecimento, eixos do plano tecnológico, dimensões transversais e implementação, avaliação e acompanhamento.

No que se refere aos capítulo dos três eixos do Plano Tecnológico, na parte relativa ao conhecimento, o Governo considera prioritário "qualificar os portugueses para a sociedade do conhecimento, fomentando medidas estruturais vocacionadas para elevar os níveis educativos médios da população, criando um sistema abrangente e diversificado de aprendizagem ao longo da vida e mobilizando os portugueses para a sociedade de informação".

Na vertente da tecnologia, a principal meta do plano é "vencer o atraso científico e tecnológico, apostando no reforço das competências científicas e tecnológicas nacionais, públicas e privadas, reconhecendo o papel das empresas na criação de emprego qualificado e nas actividades de investigação e desenvolvimento (I&D)".

"Imprimir um novo impulso à inovação, facilitando a adaptação do tecido produtivo aos desafios impostos pela globalização através da difusão, adaptação e uso de novos processos, formas de organização, serviços e produtos" constitui o terceiro eixo do Plano Tecnológico.

Em termos de linha política, de acordo com fonte do Ministério da Economia, o Plano Tecnológico "não é mais um diagnóstico", mas, antes, "um plano de acção para levar à prática um conjunto articulado de políticas que visam estimular a criação, difusão, absorção e uso do conhecimento, como alavanca para transformar Portugal numa economia dinâmica e capaz de se afirmar na economia global".

Além de recusar que o documento seja considerado um diagnóstico, o Governo sublinha também a importância do sector privado no desenvolvimento das políticas de modernização.

"A filosofia que inspira o Plano Tecnológico é a de que o mercado tem um papel fundamental como mecanismo orientador e disciplinador das actividades económicas", referiu um elemento do Ministério da Economia, sublinhando, depois, que "a inovação envolve agentes variados, mas começa no mercado e é impulsionada pela concorrência".

No entanto, apesar da importância do sector privado, o executivo socialista entende existirem em Portugal "falhas de mercado, nomeadamente ao nível do investimento em capital humano e nas actividades de Inovação, Investigação e Desenvolvimento".

"Essas falhas são motivadas pelo facto de os benefícios associados aos investimentos em educação e às actividades de investigação, desenvolvimento e inovação não serem totalmente apropriados pelos agentes que os executam", justifica um dos elementos envolvidos na elaboração do Plano Tecnológico.

O mesmo responsável acrescenta que, no caso de Portugal, as falhas do mercado "são tão mais importantes quanto se reconhece que entre os maiores entraves ao crescimento económico estão precisamente a qualidade dos recursos humanos, a capacidade tecnológica e a permeabilidade à inovação".

De acordo com o Governo, algumas das medidas inseridas no plano já se encontram em execução, como o sistema de incentivos fiscais para empresas que invistam na investigação, o programa "Ligar Portugal", para delinear a política nacional para a sociedade da informação, a adopção da factura electrónica por todos os serviços da administração do Estado, tornando-a obrigatória até final de 2007, e a iniciativa "Empresa na Hora" - esta última com o objectivo de reduzir o tempo de criação de sociedades comerciais.

Segundo o executivo, fazem ainda parte do plano a introdução do ensino de inglês no ensino básico, a iniciativa "Novas Oportunidades", que pretende requalificar cerca de um milhão de portugueses, os Projectos de Potencial Interesse Nacional (PIN), o Programa de Investimentos em Infra-estruturas Prioritárias e o concurso para atribuição de potência eólica, tendo como contrapartida a criação de um "cluster" industrial ligado aos estabelecimentos de ensino superior».

Fonte: DE e LUSA

Anónimo disse...

Gostei da sigla EcoMkt!

Continuamos atentos e, sobretudo, informados, logo melhor preparados.

Assim sendo, o Professor Manuel Pinho, ministro da Economia, contratou uma equipa de especialistas para acompanhar mensalmente durante dois anos a execução do Plano Tecnológico, que é apresentado hoje.

O professor Phillipe Aghion (um especialista em políticas de inovação e do crescimento económico) é o economista que vai liderar a equipa de consultores de Harvard, tendo ontem proferido uma conferência na apresentação do Plano ao Conselho Consultivo, composto por empresários, gestores e investigadores.

Saudações académicas

Anónimo disse...

Ora ai estão as metas anunciadas hoje:

As metas tecnológicas até 2010


1.quase duplicação de investimento público em I&D, dos 0,6% do PIB registados em 2002 para 1%;

2.quase triplicação da despesa das empresas em I&D, passando dos 0,3% do PIB apurados em 2002 para 0,8% - o investimento total passará, assim, de 0,9% em 2002, para 1,8%;

3.crescer em 50% os recursos humanos em I&D;

4.promover a criação e "preenchimento progressivo" de mil lugares adicionais para a I&D no Estado, "por contrapartida da extinção do número necessário de lugares menos qualificados noutros sectores da Administração";

5.quase triplicar o número de patentes registadas, para 12 por milhão de habitantes;

6.duplicação dos utilizadores de Internet, ultrapassando os 60% da população activa;

7.multiplicar o número de computadores nas escolas, para atingir uma proporção média de um computador por cada cinco estudantes;

8.triplicar o número de agregados familiares com acesso à Internet em banda larga;

9.aumentar para pelo menos 40% o número de trabalhadores que utilizam computadores ligados à Internet no emprego e que 25% população utilize o comércio electrónico em 2010;

10.50% dos jovens no ensino secundário a avançar para vias profissionalizantes;

11.65% da população entre os 20 e os 24 anos a terminar o ensino secundário;

12.aumentar para 15% a população em idade activa com diploma do Ensino Superior;

13.aumentar para 12,5% a percentagem da população envolvida em acções e formação ao longo da vida.

E temos assunto para vários dias!

Anónimo disse...

Agora sim, temos informação pública! Atenção aos eixos prioritários!

Sim senhor, bem feito! Venham as ideias!!!

Mais informações em:

http://www.planotecnologico.pt/