quarta-feira, 30 de novembro de 2005

A ilusão Pinóquio (ou "o tamanho interessa?")

Parece que estão agora a descobrir que a beleza corporal pode ser um fenómeno bem mais complexo do que se imagina.

Apesar das considerações de Umberto Eco, a forma como avaliamos a nossa própria formosura não depende apenas dos padrões de beleza que nos guiam (resultem estes ou não do tempo em que vivemos).

Investigadores ingleses concluiram que a maneira como percebemos o tamanho do nosso corpo depende da forma como o cérebro de cada um funciona.

Pelos vistos o sentirmo-nos gordos ou magros é também uma questão de percepção.
Será isto de alguma forma relevante para o marketing?

RGR

P.S. Já agora, novidades do Abrideias?

7 comentários:

Anónimo disse...

Pode ser uma área interessante a explorar! Claro que interessa ao marketing o auto-conceito pois todos sabemos que este influencia os hábitos de compra dos consumidores!Lá está uma temática que pode estar associada ao neuromarketing... é ou não é Professor João Leitão? O futuro passa por aqui!

Anónimo disse...

Este post só veio demonstrar a complexidade do ser humano.Ninguém é realmente aquilo que parece, nem pr si próprio.

O que me faz lembrar que então quando nos vemos ao espelho não vemos a nossa imagem,vemos algo influenciado pelo estado de espirito e por reacções cerebrais.Faz me lembrar que os grandes homens são aqueles que assumem os erros,o professor Paulo como grande homem que é espero que reconheça que ele ñ se vê ao seu "eu" real ao espelho!!!Professor dsc mas ñ resisti,o post tava mesmo a pedir esta deixa.

O Real, realmente não existe cd um tem o seu, será que é pr aí que o Marketing caminha, analisar reacções cerebrais de cd um e adptar-se a cd individuo???

Para findar e para o Professor PAulo já que hoje está na "berlinda", uma frase budista:

"Mil homens,mil cabeças,mil monges,mil e uma relegiões e trilhões de realidades"

e já agora uma de yasmin reza:

"A única realidade está impregnada dos meus desejos"

Logo o real é um conceito que ñ existe há apenas o real individual.

Anónimo disse...

Meu Caro Houdini,

Acredito que vivendo no mundo da ilusão lhe seja difícil aceitar a realidade como ela é. :-)

De qualquer modo, quero dizer-lhe que realmente nunca saberemos o que é real e o que é ilusão (Será a vida real?), mas temos que nos agarrar a algo para caminhar e neste meu caminhar continuo a acreditar que a imagem que vejo ao espelho é real, pelo menos na realidade que considero como real, ainda que realmente possa não ser real.

Um abraço bem real, do não menos real amigo. ;-)

Paulo Duarte

Anónimo disse...

Parece que querem voltar aos meus tempos.
Nessa altura usava-se uma metáfora interessate para descrever esta questão do real e do percebido.

O Glauco a princípio também estava descrente (talvez daí a associação do seu nome a uma terrível doença oftálmica, o Glaucoma), mas depois rendeu-se.

E se nós, caríssimos Duarte e Houdini, tentássemos contemplar de frente o sol, ainda que depois nos digam que temos a vista estragada?

Anónimo disse...

Primeiro gostava de elogiar o professor Paulo visto que reconheceu que a realidade acerca da imagem do espenho não é uma questão absoluta.Depois de ler o seu comentário aposto que o professor é adepto da triologia MAtrix,por isso deixo-lhe a questão: Que preferia,viver num mundo credível, ou procurar o real por muito doloroso que isso fosse? Tipo se a ilusão é aceitável desde que seja uma boa muleta pr viver ou se a verdade e o conhecimento estão acima de td?

Ainda sobre esta questão do real um realizador no lançamento de um filme baseado na vida real disse: - Sabem tive de alterar muitas coisas que se passaram na realidade porque senão quem visse o filme pensaria que seria td ficção.

Caro Aristocles (ñ o magrinho mas o dos ombros largos),parabens pela elevação da discussão, só ñ me parece mt bem isso de olhar pr o sol :)

Anónimo disse...

Caríssimo Houdini, a pergunta que faz acerca da necessidade da verdade, leva-nos (sem querer ser chato) de novo à segurança da referida caverna, em oposição ao risco de olhar o sol.
Lembre-se que, se quiser, "there is no spoon". Mas só se quiser.
Acreditar que a colher não existe ou querer deixar a caverna acaba por ser a mesma coisa.
Como disse uma vez uma gaivota, vê mais longe quem voa mais alto.

Anónimo disse...

A questão é mesmo essa se conhecimento é sinónimo de felicidade? Pessoalmente não sei por isso coloquei a questão ao professor Paulo. Deliciosa é também a metáfora católica acerca disso, Adão e Eva que viviam no Paraíso da ignorância e foram expulsos porque comeram o fruto da árvore da sabedoria. Ou seja conhecimento igual a infelicidade, como diria o grande Carl Sagan "O homem está suspenso a meio caminho entre os animais e as divindades", muitas vezes quem está a meio acaba por nem ser carne nem peixe.

Ñ sei se quero olhar o sol, mas esta vivência na licenciatura ensinou-me a ver algo mais belo o arco-iris,ou seja a apreciar as pessoas pela sua deversidade, a ñ olhar pr as pessoas cm seres defeituosos à partida, mas cm seres com qualidades.

Realmente ñ sei o que é o real, mas estou convicto que ñ somos um mero amontoado de células.