quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Negociação Internacional e Geo-Economia ao rubro

A Nova Aliança Sino-Americana - uma proposta perturbante

«O 'Ocidente' está morto como conceito historicamente útil»

China e Estados Unidos têm de dar as mãos para a globalização não fracassar. A situação de ambas grandes potências é de "dependência estratégica mútua" diz Thomas Barnett, um especialista norte-americano em defesa, professor do Naval War College americano. É esta nova aliança que deverá substituir o eixo americano-britânico que foi o pilar da aliança atlântica no século XX e o eixo nipo-americano desde a derrota do Japão na 2ª Guerra Mundial. No meio deste movimento estratégico, Europa e América Latina ficariam com escassa margem de manobra no jogo de potências mundiais.

BY Jorge Nascimento Rodrigues, editor de Janelanaweb.com e Gurusonline.tv, Dezembro de 2005, com Thomas Barnett, a propósito do livro Blueprint for Action: A Future Worth Creating

Links de referência:
www.thomaspmbarnett.com | www.thomaspmbarnett.com/weblog

5 MUDANÇAS QUE PODERÃO OCORRER
  • China e Índia avançarão em direcção aos recursos críticos e estabelecerão alianças estratégicas pontuais ou regionais para esse fim. Pelo que os EUA deverão, desde já, acomodar-se a essa tendência e oferecer-lhes uma aliança estratégica
  • O terrorismo transnacional poderá vir a aninhar-se em África, encarada como local de retirada estratégica
  • A Rússia poderá jogar a cartada do gás e o principal destinatário é a Europa, com quem um "Bill Clinton" russo poderá querer estabelecer uma aliança estratégica
  • A questão da Coreia do Norte poderá ser resolvida se os EUA oferecerem uma NATO asiática à China, sacrificando Taiwan
  • Os Estados Unidos poderão voltar ao seu desígnio de alargamento da União, com a entrada de novos estados até meados do século

  • Para os mais interessados deixo o link para o livro.

    É um bom exemplo dos interesses geo-económicos e estratégicos que foram retratados no âmbito da apresentação efectuada por Romeu Afonso, na disciplina de Negociação Comercial, não obstante envolver países diferentes.

    Saudações Académicas

    João Leitão

    2 comentários:

    Anónimo disse...

    Mas a globalização chefiada pelo mercado ñ tem salvação, seja qual for a aliança,está ferida de morte pelo 11 de Setembro.
    Grande parte do artigo penso que não passará de especulação.

    Anónimo disse...

    O 11 de Setembro, independentemente, da mancha que representou em termos de terrorismo internacional, teve efeitos sobre a volatilidade das bolsas, sob a forma de contágio financeiro, o que ratifica a existência de mecanismos globalizantes de propagação de efeitos de choque, disseminados entre as principais bolsas internacionais.

    Especulação à parte... a do livro, e não a do artigo, para saber mais Mr. Poing pode consultar:

    "The Contagion Effect of the Terrorist Attacks of the 11th of September"

    http://www.riskturk.com/ec2/listofparticipants.htm

    Saudações Académicas

    João Leitão