quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Compras de Natal


Um artigo publicado em pela agência financeira (http://www.agenciafinanceira.iol.pt) citando um estudo da Multidados refere que 79,3% dos portugueses prefere fazer as compras de Natal nas as grandes superfícies comerciais (hipermercados e centros comerciais) e contra apenas 20,7% que escolhem o comércio tradicional.

Nada que a nossa percepção ou senso comum não tivesse já registado. Para tal basta tentar ir ao Serra Shopping num fim-de-semana para comprovar esta tendência. A questão que ninguém quer colocar de forma aberta, mas que ronda a cabeça de muita boa gente, principalmente comerciantes, é precisamente saber qual o futuro do comércio tradicional a manter-se esta tendência.

A Câmara Municipal da Covilhã tomou a iniciativa, e muito bem, de oferecer estacionamento pago no centro da cidade para estimular a visita e as compras no comércio tradicional, mas será que chega? Que outras medidas podem ser tomadas com vista a minorar os efeitos para o comércio tradicional desta tendência?

Claro que outras ameaças pairam no horizonte. Apesar do mesmo estudo referir que as compras via Internet parecem ainda não merecer a total confiança e preferência dos consumidores, dado que 61,4% dos utilizadores de Internet indicaram não pretender efectuar compras de Natal on-line. Refere ainda o estudo que as principais razões apontadas pelos Internautas para preferirem as compras no mercado físico residem na necessidade/gosto dos inquiridos em ver/tocar pessoalmente nos produtos, na falta de confiança nos sites de vendas, a preferência pelo comércio tradicional e ainda apreciar o o movimento próprio da época de Natal, entre outras razões.

Não obstante estes dados, Alexandre Nilo Fonseca, presidente da Comissão Especializada Business to Consumer da Associação do Comércio Electrónico em Portugal (ACEP) afirmava no início deste ano que 90% das lojas on-line tinham vendido mais em 2004 do que ne o ano anterior e mais de metade dessas lojas registou mesmo um crescimento superior a 50%.

Os produtos mais vendidos em Portugal pelas lojas on-line são os que integram as categorias que têm vindo a assumir um lugar relevante neste tipo de comércio, onde se incluem a Informática/Electrónica/Telecomunicações/Jogos representando 24,4%, os DVD e os CD com 14,6%, os Livros e as Revistas com 9,8%, Material de Escritório (7,3%) e Bilhetes (4,9%), entre outros.

Resta agora esperar para ver os resultados de 2005. Claro que, como não poderia deixar de ser, o futuro permanece um desafio para os profissionais de marketing.

Bom Natal e Boas Compras… on-line e off-line.

Paulo Duarte

1 comentário:

Anónimo disse...

a propósito das compras online,recentemente nos eua surgiu o conceito do "cybermonday",que basicamente era o crescimento das compras online na segunda feira após os feriados de acção de graças,em que os trabalhadores aproveitavam as ligações mais rápidas dos seus lugares de trabalho.depois ,verificou-se que as premissas para este conceito não correspondiam ,já que esse feriado nem estava no Top 20 dos dias com mais compras online.mas o conceito estava feito..será isto o marketing?vi este conceito num artigo da business week