O pedido de ajuda internacional foi formalizado, respondido e um acordo foi estabelecido. Mas, como dizem, mais que mudar políticas, é necessário mudar mentalidades para que, no futuro, Portugal não tenha de passar por um 4º pedido de socorro financeiro externo (ainda há quem diga "fool me once, shame on you; fool me twice, shame on me"?).
Mas de quem é a culpa? Numa altura como esta, todos têm razão mas nenhum tem fundamento, o que é algo absolutamente notável. A batata passa e, no fim de contas, o povo - que, nesta altura, supostamente tem estudos e conhecimento suficientes para saber o que foi bem e/ou mal feito - fica pasmado a olhar com os argumentos duns e os pontos de outros.
Posto isto, na hora da verdade, o abstencionismo deixa de boca aberta todos os que se abstiveram, levando-os a por as culpas nos que, agora, lá estão, já que, na sua modesta opinião de não-votantes, nos vão enterrar ainda mais pois não está lá quem eles queriam que lá estivesse.
E, com isto, o custo de vida é cada vez maior; a zona interior está cada vez mais desertificada; há cada vez mais "doutores" desempregados; a corrupção aumenta, acompanhando o número de processos pendentes nos tribunais e o dinheiro, esse ninguém sabe muito bem para onde vai, mas uma coisa é certa: todos temos de pagar, justa um injustamente.
Há pouco mais de uma semana apareceu na Internet um vídeo sobre tudo o que Portugal tem - ou, em tempos, teve - de bom. Porém surge agora um outro vídeo com verdades bem mais amargas, mas não menos reais, que, se não servir para sensibilizar quem o visualiza para o que de facto tem vindo a acontecer ao nosso - em tempos GRANDE - país, servirá, pelo menos, como nota para o futuro do que estava, em 2011, mal em Portugal e para os nosso descendentes terem uma geração e caras em quem por a culpa pelos problemas que nessa altura se verificarem. Porque se a culpa não for de quem cá esteve antes, nossa, com certeza, não será, não é?
Gonçalo Nabais, Nº27707
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