sexta-feira, 11 de abril de 2008

Alterações climáticas podem fazer disparar o preço da cerveja

As mudanças climáticas vão afectar o preço da cerveja nas próximas décadas. A conclusão é de Jim Salinger, cientista da Nova Zelândia.

O especialista ambiental do Instituto de Água e Pesquisa Meteorológica neozelandês defende que as alterações climáticas vão prejudicar a produção de cerveja, principal ingrediente da cerveja, e vão mesmo destruir grande parte dos cultivos de cereal da Oceânia.

Também na Austrália e Nova Zelândia se registará cada vez menos produção de cevada graças à escassa precipitação que conduzirá naturalmente à redução da área cultivada. Jim Salinger aconselha os industriais do sector a procurar alternativas à produção da bebida loura e refrescante.

Na china este fenómeno já é uma realidade. Naquele país o preço de uma garrafa (60 centilitros) subiu de 1,50 para 1,80 renminbi (de 14 cêntimos para 17 cêntimos) nos últimos meses, e os analistas do sector prevêem que gradualmente o preço chegue este ano a 2,50 renminbi (24 cêntimos). Em Moçambique o preço da cerveja sofreu um agravamento de 12,2 por cento.

Esta escalada de preços dos cereais, segundo o semanário SOL, está intimamente ligada a um fenómeno especulativo desencadeado pela utilização das terras agrícolas para produção de biocombustível (biodiesel ou bioetanol) mas também de uma queda abrupta da produção em países produtores de cevada devido ao mau ano agrícola.


Aqui está uma notícia preocupante para uma parte da comunidade estudantil universitária e uma forte ameaça para as empresas cervejeiras. Na verdade a produção de biocombustíveis a partir da fermentação de cereais pode ter este efeito.

Qualquer dia veremos a Sagres e a Super Bock de mãos dadas com as companhias petrolíferas. Quem sebe, até talvez com uma marca de cerveja em co-branding, uma Super Bock Optima Sem álcool 98 ou uma Sagres 95 Ultimate ou até uma Carlsberg Excellium Lite.

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