quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"No rasto do cool"


Quantas vezes em marketing não ouvimos falar em tendência?

Quantas vezes as empresas não buscam por novas tendências, de modo a diferenciarem-se dos seus concorrentes?

Quantas vezes os consumidores não exigem as empresas o último "grito"?

Nesta lufa-lufa que é a rotina de muitos milhões de consumidores, quantos de NÓS não fica obcecado pelo COOL FACTOR, aquele factor diferente e que faz os outros 999.999 mil ficarem "roídos de inveja"?

"Pode parecer tão fácil quanto ter as roupas certas e uma atitude a condizer. Se assim fosse não andaríamos tão obcecados pela busca do COOL FACTOR"

Mas agora perguntam-me vocês: para que falar, do ser ou não ser COOL? A resposta é muito simples, é que esta questão levou á criação de, mais do que um movimento, uma profissão!! E é então isto a que me proponho hoje, contar-vos o que é o, COOLHUNTING!

Carl Rohde, um sociólogo cultural holandês, não teve dúvidas sobre o que é o COOL FACTOR, durante a sua abordagem académica. Para ele, tem muito pouco a ver com possuir tecnologia de ponta,ou mesmo ter o último casaco com aquele padrão "super in". Ser cool é, segundo ele, "ser inspirador, com potencial de crescimento e com uma base de sustentabilidade que permite adivinhar grandes mudanças de mentalidade", ou seja, UMA TÊNDENCIA!


Foi com estas directrizes que fundou The Science of the Time (www.thescienceofthetime.com), um website e serviço que documenta tudo o que é cool á volta do mundo. Um profissional desta área, um Cool Hunter pode pesquisar de diferentes formas: internet, ler jornais, ir a exposições, ou até mesmo andar na rua, e, observar aquilo que poderá ser uma futura tendência; terá que depois, obviamente, saber explicá-la, de modo a que se torne credível e que esta cause uma revolução nas mentalidades. Após defenderem o que para eles poderá ser uma tendência de mentalidade cool, esta é apresentada como um "input" aos clientes como, Coca-Cola, Nike ou mesmo as Galerias La Fayette, que poderão, usar ou não, de modo a que a sua marca tenha uma diferença competitiva relativamente a outras marcas.

Este sociólogo alertou ainda que o cool, pode ser ainda dividido em 2 tipos: o underground e o above the ground. Para podermos entender melhor ele exemplificou como: "A Vogue, por exemplo, é above the ground. É a Louis Vuitton das revistas". Do outro lado, surge o underground, aquele que alguns chamam de "o verdadeiro cool", é definido como "...mais autêntico e representa uma comunidade criativa, consciente do momento económico que atravessamos e que não se deixa dominar pelo marketing do bling bling"

A imagem que aparece ao inicio do artigo é relativa á Expo Shangai e foi o mote para uma Reportagem de Cool Hunting no site The Science of the time.

Artigo baseado em: Vogue, Julho de 2009
Maria Aires de Sá nº 23201

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