segunda-feira, 5 de abril de 2010

Gastronomia Digital


Investigador brasileiro do MIT desenvolve máquinas que prometem revolucionar o modo como cozinhamos. Uma delas é capaz de baixar receitas da internet, armazenar os ingredientes e preparar os pratos.

Imagine um aparelho semelhante ao forno de micro-ondas que, além de aquecer, também prepara a comida. Alucinação futurista? De forma alguma. Segundo o designer brasileiro Marcelo Coelho, do Instituto Tecnológico de Massachussetts (MIT), nos Estados Unidos, esse é o destino da gastronomia, que se torna cada vez mais criativa e digital. O investigador desenvolve uma máquina que armazena, mistura e deposita camadas de ingredientes para preparar qualquer receita. A ideia é proporcionar mais praticidade e criatividade aos chefes do futuro.
Chamado de Construtor Digital (The Digital Fabricator), o novo aparelho é uma espécie de versão 3D das impressoras convencionais e tem um similar no mercado, usado para a produção de objectos plásticos. A diferença dessas impressoras 3D é que, em vez de permitirem a reprodução de um conteúdo em apenas duas dimensões, como em folhas de papel, elas trabalham com impressões tridimensionais, que originam objectos como garrafas, lâminas e, agora, comida.
O funcionamento do Construtor Digital é simples: basta encher os cartuchos da máquina com ingredientes básicos (variedades de pó, líquido ou outro alimento), que serão armazenados, combinados e usados na preparação da receita segundo a escolha do usuário. O aparelho é formado também por um forno, que assa os pratos com precisão digital. Uma tela acoplada ao equipamento exibe informações extraídas da internet, como origem de cada ingrediente, composição nutricional e dicas de receitas.
“A máquina pode trazer vantagens até para a saúde humana”, garante Coelho. Ele destaca que a conexão com a internet facilita o monitoramento médico, pois permite que a dieta dos pacientes seja controlada. “É quase um Orkut da comida, uma rede onde as pessoas podem, por exemplo, trocar suas receitas e ideias”, compara. É possível, ainda, rastrear a origem e a composição nutricional de cada produto usado pela máquina como matéria-prima.

Fonte: Cinência Hoje online
Publicado por: Margarida Monteiro nº 24574

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