terça-feira, 21 de março de 2006

Crónicas II


À semelhança da nossa Covilhã, Avilés entrou em crise com o declínio do sector industrial em que se especializara, no caso concreto o sector siderúrgico.
Os 85000 habitantes da cidade dependeram durante muito tempo essencialmente de uma grande empresa pública siderúrgica, a Ensidesa.
Alvo de privatização no início da década de 1990, foi comprada por um grupo franco-luxemburguês. Essa compra levou ao encerramento da quase totalidade das instalações fabris da Ensidesa em Avilés e a uma perda brutal de postos de emprego. Dos 30000 garantidos em 1973, passaram a 3000 na actualidade.
Para além do desemprego, o encerramento das fábricas deixou 2 milhões de metros quadrados de ruínas industriais e uma ria extremamente poluída com metais pesados (foram retirados até ao momento 3 toneladas por habitante de lamas poluídas). Mas deixou também uma cultura instalada de emprego garantido na empresa pública, para toda a vida, e de falta de necessidade de criação do próprio negócio.
O que se tem passado nos últimos anos é a mudança para uma Cultura Empreendedora.

Da reunião informal com o presidente do Ayuntamiento (à direta na foto), retive particularmente esta frase:
“A crise da cidade não começou a ser vencida enquanto as pessoas pensaram que as soluções para os problemas têm de ser encontradas por outros.”

1 comentário:

Anónimo disse...

sim senhor.muito bem