E se o Facebook cobrasse dinheiro pelos fãs?
Um artigo publicado no site da AdAge
sugere que a rede social Facebook deixe de vender espaço publicitário e
passe a cobrar dinheiro às marcas pelos seus seguidores.
A proposta dos autores parte da premissa
de que o Facebook não é o contexto mais adequado para a publicidade
tradicional, mas antes uma “ferramenta social”. “É um espaço público,
como um parque infantil”, onde “disfarçar outdoors de árvores não
funciona”, referem.
Segundo Bonchek e Wacksman, a ferramenta Facebook Exchange,
que permite que os anunciantes segmentem as mensagens publicitárias com
base no histórico de navegação – os cookies – em tempo real dos
utilizadores (antes deste serviço, a publicidade no Facebook era
orientada apenas pelo comportamento dos consumidores dentro da rede
social, como os “likes” ou comentários a produtos e marcas), “não
resolve o problema fundamental”.
Tal como as histórias patrocinadas não
resolvem. Este serviço mostra que o Facebook “quer que as marcas sejam
mais interactivas e criem conteúdos que os fãs queiram partilhar”,
afirmam os autores. Porém, o problema mantém-se – se as marcas conseguem
envolver-se gratuitamente com os seus fãs através das suas páginas de
Facebook, não precisam de colocar anúncios pagos na rede social.
Assim, se as marcas pagassem em função
dos fãs activos, em vez de anúncios ou histórias partilhadas, todos sairiam a ganhar, apregoam Bonchek e Wacksman. “À medida que o número de
fãs cresce, as marcas não se importam de pagar porque estão a conseguir
maiores níveis de envolvimento. O Facebook recebe mais receitas, e os
fãs mais valor (de outra forma, não participariam nas acções das
marcas)”, concluem.
Quanto ao modelo de pagamento, poderia
passar por um pagamento base, ao qual seriam acrescentados fees em
função do nível de envolvimento, sugerem.
Para além disso, ao acabar com o modelo
de negócios centrado em publicidade, o Facebook resolveria também o
problema das receitas nos dispositivos móveis, uma vez que “já não teria
que preocupar-se em disponibilizar anúncios em ecrãs pequenos”,
rematam.
Fonte: http://marketeer.pt/2012/10/22/e-se-o-facebook-cobrasse-dinheiro-pelos-fas/
Fonte: http://marketeer.pt/2012/10/22/e-se-o-facebook-cobrasse-dinheiro-pelos-fas/
Jorge Lourenço Raposo, Nº31068
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