... no aumento de produtos contrafeitos apreendidos
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Em 2010, as autoridades aduaneiras da UE apreenderam, nas fronteiras externas da União, mais de 103 milhões de produtos suspeitos de violação dos Direitos de Propriedade Intelectual (DPI). Segundo o relatório anual da Comissão sobre as actividades das autoridades aduaneiras da UE para controlar o respeito pelos DPI, o número de remessas apreendidas pelas alfândegas quase duplicou em comparação com o ano anterior, passando de 43.500 em 2009 para quase 80.000 em 2010.
O relatório hoje publicado apresenta também estatísticas quanto ao tipo, origem e meio de transporte dos artigos que infringem os DPI cuja entrada é travada nas fronteiras externas da UE. Pela primeira vez, o relatório indica ainda o valor das mercadorias apreendidas, estimado em mais de mil milhões de euros.
As categorias mais frequentes de artigos apreendidos pelas autoridades aduaneiras são cigarros (34%), material de escritório (16%), outros produtos do tabaco (8%), marcas, etiquetas e emblemas (8%), vesturário (7%) e brinquedos (7%). 14,5% de todos os produtos apreendidos são artigos de uso doméstico como champôs, sabonetes, medicamentos ou electrodomésticos (secadores de cabelo, máquinas de barbear, peças de computador), que podem ter implicações para a saúde e a segurança dos consumidores.
Uma das principais tendências registadas este ano é o número crescente de detenções de encomendas postais, o qual quase triplicou, passando de 15 000 para mais de 48 000 e muitas das apreensões dizem respeito a medicamentos e cosméticos. Esta tendência reflecte o volume cada vez mais importante de compras em linha”.
No que toca aos países de origem, a China continua a ser a principal fonte de produtos que infringem DPI, num total de 85% de todas estas mercadorias. Outros países como a Turquia, a Tailândia, Hong Kong ou Índia estão na origem da maioria de certas categorias de produtos (respectivamente, produtos alimentares, bebidas que não bebidas alcoólicas, cartões de memória e medicamentos). 90% de todos os produtos apreendidos foram destruídos ou alvo de processos judiciais para determinar a infracção.
Notícia Hipersuper
Três comentários:
- Resta saber se as apreensões aumentaram porque o volume aumentou ou a fiscalização foi mais eficaz.
- Se é conhecida a origem dos produtos porque não se tenta actuar na origem
- Parece-me um desperdício de recursos e energia destruir todos produtos (que se apresentem em condições de ser usados e consumidos, obviamente).
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