Para menos de 20% dos consumidores europeus, as marcas são mais ou menos todas iguais. Já cerca de 30% dos consumidores consideram que as marcas são muito diferentes.
Quando se trata do mercado do equipamento da pessoa: vestuário e acessórios diversos, são mais numerosos os consumidores que consideram as marcas muito distintas. Na maioria dos casos, são os jovens que apresentam uma maior valorização da marca. No entanto, embora sigam a tendência europeia anteriormente descrita, os jovens consumidores portugueses parecem menos envolvidos com as marcas, sendo ainda os jovens que menos acreditam em alguma diferença no mercado do equipamento pessoal.
Os distribuidores começam a sentir a “infidelidade” dos portugueses em relação às marcas. Apenas 19% dos consumidores em Portugal sabe exactamente qual a marca que vai comprar antes de entrar numa loja ou de ir à Internet.
"Com a crise podíamos pensar que os consumidores, e sobretudo os mais jovens, iriam privilegiar as marcas como um meio de minimizar os riscos: "compro uma marca para prevenir riscos, como garantia de segurança". Na realidade, acontece o contrário: em plena dúvida, tanto destabilizada como saturada por uma profusão de escolhas e de marcas, esta geração de ‘consumidores inconstantes’ escolheu não escolher.", afirma Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem em Portugal.
Constatou-se ainda que, neste contexto económico difícil, os portugueses regressaram ao fundamento primordial do consumo: uma boa compra é antes de mais uma boa relação qualidade-preço. 69% dos jovens afirma que antes de efectuar uma compra, compara os preços muito atentamente.
Para além de não hesitarem na comparação de preços, os jovens portugueses estão ainda dispostos a passar de um distribuidor para outro e dizem-se muito atentos às promoções. Representam aliás a percentagem mais alta entre os países analisados: 65% contra uma média europeia de 58%. É também em Portugal que se encontra a maior proporção de indivíduos com mais de 50 anos que sistematicamente procura obter um desconto/negociar os preços (50% contra uma média de 28%).
Fonte: Observador Cetelem
sexta-feira, 3 de junho de 2011
O valor das marcas para os consumidores portugueses
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