Por Rui Oliveira Marques
De acordo com a Ray Human Capital, as áreas comercial e de marketing são aquelas que têm registado maior oferta de emprego. Segundo um estudo da consultora, a maioria das empresas pretende contratar durante 2006
Nos próximos seis meses deverá aumentar o número de postos de trabalho nas empresas, adianta um estudo divulgado pela consultora Ray Human Capital. A consultora inquiriu 50 empresas entre Dezembro de 2005 e Fevereiro deste ano. Os resultados indicam que 62% das empresas prevêem aumentar o número de colaboradores, contra os 6% que considera diminuir a equipa. "Parece, desta forma, expressar-se uma tendência positiva no que diz respeito ao mercado de emprego, dados que são suportados pela melhoria da confiança das empresas dos vários sectores identificada pelos inquéritos realizados pelo INE em Fevereiro de 2006", comenta a empresa em comunicado. A consultora indica que estes valores vão ao encontro dos número do INE que apontam para uma quebra do crescimento do desemprego a nível nacional. Mesmo assim, 21% das empresas referiram ter diminuído seus quadros de pessoal, enquanto 18% mantiveram os quadros estáveis. Não deixa ainda de ser relevante que 79% das empresas que responderam encontram-se em processos de mudança na estrutura das suas equipas.
O estudo da Ray Human Capital adianta também que para recrutar novas pessoas, as empresas optam, em 24% dos casos, por entidades especializadas externas à empresa, contra os 76% que respondem às necessidades de aumento da equipa com base nos seus recursos internos. Dez por cento dos inquiridos indicam que o site da própria empresa é uma fonte de recolha de candidaturas, sinal da importância que as novas tecnologias começam a ganhar no recrutamento. A Ray sublinha, no entanto, o peso que o contacto pessoal representa na hora de contratar novas pessoas. É um "factor indicador de uma menor maturidade do nosso mercado de emprego", define a Ray Human Capital, que acredita que "quando não complementada com uma avaliação posterior da adequabilidade ao posto, pode apontar para uma abordagem menos objectiva e portanto mais falível no que diz respeito à selecção de novos elementos para a organização".
Os sectores mais procurados
A procura de profissionais com experiência destaca-se no sector comercial, que representa 20% dos postos preenchidos. Os recursos humanos e marketing ocupam 14,2% e 13,2% dos novos postos, respectivamente. A área da produção surge com 11,3% das ofertas. No entanto, há sectores em que a evolução tem sido negativa. Em retracção observam-se as funções ligadas às áreas administrativa e financeira, informática e comunicações, investigação e desenvolvimento, e logística que, no seu conjunto, absorvem 24,5% das necessidades de emprego.
Segundo a Ray Human Capital, outro dado interessante prende-se com o facto de 3,8% das contratações do último semestre do ano passado terem sido ao nível da direcção geral das empresas, "situação que poderá indiciar alguma renovação ao nível dos gestores de topo das organizações analisadas", observa a consultora.
A fechar, as variáveis relacionadas com os perfis de profissionais procurados, apontam para uma distribuição equilibrada entre os dois sexos: 52% de homens para 48% de mulheres. A variável experiência continua a ser importante. O estudo indica que em 85% das ofertas é exigido aos candidatos um percurso profissional anterior.
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sexta-feira, 2 de junho de 2006
Áreas de marketing e comercial continuam a garantir emprego
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