Segunda-feira,
22 de Outubro, 2012
O artigo é assinado por Mark Bonchek, fundador e chief
catalyst da consultora Orbit & Co, e Barry Wacksman, chief growth officer
da agência de marketing digital R/GA.
A proposta dos autores parte da premissa de que o
Facebook não é o contexto mais adequado para a publicidade tradicional, mas
antes uma “ferramenta social”. “É um espaço público, como um parque infantil”,
onde “disfarçar outdoors de árvores não funciona”, referem.
Segundo Bonchek e Wacksman, a ferramenta Facebook Exchange, que permite que os anunciantes
segmentem as mensagens publicitárias com base no histórico de navegação – os
cookies – em tempo real dos utilizadores (antes deste serviço, a publicidade no
Facebook era orientada apenas pelo comportamento dos consumidores dentro da
rede social, como os “likes” ou comentários a produtos e marcas), “não resolve o
problema fundamental”.
Tal como as histórias patrocinadas não resolvem. Este
serviço mostra que o Facebook “quer que as marcas sejam mais interactivas e
criem conteúdos que os fãs queiram partilhar”, afirmam os autores. Porém, o
problema mantém-se – se as marcas conseguem envolver-se gratuitamente com os
seus fãs através das suas páginas de Facebook, não precisam de colocar anúncios
pagos na rede social.
Assim, se as marcas pagassem em função dos fãs
activos, em vez de anúncios ou histórias partilhadas, todos saíriam a ganhar,
apregoam Bonchek e Wacksman. “À medida que o número de fãs cresce, as marcas
não se importam de pagar porque estão a conseguir maiores níveis de
envolvimento. O Facebook recebe mais receitas, e os fãs mais valor (de outra
forma, não participariam nas acções das marcas)”, concluem.
Quanto ao
modelo de pagamento, poderia passar por um pagamento base, ao qual seriam
acrescentados fees em função do nível de envolvimento, sugerem.
Para além disso, ao acabar com o modelo de negócios
centrado em publicidade, o Facebook resolveria também o problema das receitas
nos dispositivos móveis, uma vez que “já não teria que preocupar-se em
disponibilizar anúncios em ecrãs pequenos”, rematam.
http://marketeer.pt/2012/10/22/e-se-o-facebook-cobrasse-dinheiro-pelos-fas/Inês Melo nº 30014
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