sexta-feira, 23 de julho de 2010

Mais um estudo de segmentação dos consumidores

Os constantes ciclos económicos vieram influenciar os hábitos de compra dos consumidores, surgindo, assim, um novo conceito de consumidor mais racional e planifico, conclui o estudo “Uma oferta diferente para o consumidor de hoje” realizado pela Kantar Worldpanel, em Espanha.

De acordo com a consultora, os efeitos da crise nos mercados de Grande Consumo espanhóis mantiveram o volume de compras (com uma evolução negativa em 0,5% até Junho de 2010), degradando-se mais significativamente em valor, com uma quebra de 2,9%.

Com a realidade da instabilidade económica patente, o consumidor do século XXI alterou-se para um perfil mais tecnológico, comprometido, inteligente e único. Neste sentido, o estudo da Kantar revela que 14,2% dos lares compraram produtos de Grande Consumo pela Internet no último ano, ganhando este canal não só em número de lares, como também em gasto médio (+6% relativamente ao gasto médio por lar realizado nos restantes canais de compra).

“O consumidor de hoje sente-se mais especial e poupa, não só por necessidade, como também para gastar no que verdadeiramente deseja”, salienta a consultora. Além disso, o consumidor considera-se “mais inteligente” e utiliza os canais de comunicação com as marcas de uma maneira “mais activa”, em detrimento da publicidade tradicional, à qual demonstra menos interesse e credibilidade.

Assim, a Kantar Worldpanel identificou oito tipos de consumidores:

Os e-Consumers – utilizadores de Internet, tanto no trabalho como em casa, e que admitem ser adeptos da Internet como canal de compra. São cerca de 13% da população espanhola e realizam 14% do gasto em Grande Consumo;

Os “Do it for me” – por norma lares muito numerosos, com empregada doméstica e que colocam serviço e valores adicionais ao preço como prioridade, sobretudo se lhe facilitar a vida do dia-a-adia. São 10% da população e realizam 10% do gasto em Grande Consumo;

Os oportunistas – lares numerosos que procuram promoções e comparam preços por disporem de poucos rendimentos. São 9,4% da população e realizam cerca de 11% dos gastos em Grande Consumo;

Os fiéis aos cartões – assíduos aos cartões de fidelização, são lares numerosos até quatro pessoas e de classe média. São cerca de 10% da população e realizam 11% dos gastos em Grande Consumo;

Os pressionados pela família – diferenciam-se dos restantes lares numerosos por viverem mais condicionados pela pressão do trabalho e sobretudo da família. São 10,7% da população e realizam quase 12% dos gastos em Grande Consumo;

Os eco – lares jovens, pequenos e residentes em grandes áreas urbanas. São os mais inovadores nos estilos de vida, não só no consumo de produtos bio ou comércio justo, mas também em comodidades e viagens, além de um pouco mais intensos nos gastos. São 12% da população e realizam quase 11% dos gastos em grande Consumo;

Os seniores “verdes” – englobam os lares maiores de 50 anos, principalmente reformados, mas com vida activa. Além disso, preocupam-se com o meio ambiente, reciclam e gastam em alimentação mais 20% que a média. São 23,5% da população e realizam 19% dos gastos em Grande Consumo;

Os saudáveis – são lares de classe média e sem filhos pequenos, preocupados por ter hábitos saudáveis em toda a família e mais intensos no consumo de produtos frescos. São 11,6% da população e realizam perto de 13% dos gastos em Grande Consumo.

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