... há oportunidades, pelo menos esta é a opinião de Nuno Pires, responsável pela estratégia de marketing de todas as marcas da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas SA.
Segundo o ele a “A SCC vai manter o investimento publicitário. É essencial. Vendemos sonhos, desígnios e esperança. O produto é a experiência funcional mas a marca é emocional. A verdadeira experiência”. (Nada que não seja amplamente referenciado nas disciplinas da licenciatura em marketing da UBI por diversos docentes)
Para ele, hoje a cerveja concorre inclusivamente com produtos cuja comparação nos provocaria uma boa garagalhada noutros tempos. Segundo este responsavel da SCC O mercado enfrenta novos e grandes desafios: “um telemóvel é hoje concorrente da cerveja porque o consumidor é obrigado a fazer escolhas”. A outro nível "é o decréscimo das refeições fora de casa. Alguns clientes nossos podem desaparecer”. E isto exige “uma alteração radical da estratégia com a qual atacamos o mercado”. Até porque “o consumo está a desviar-se para a Distribuição, mas também para o fast-food”.
A solução? Essa, passa pelo “aumento de promoções, pela aposta em cartões de fidelização e nos eco-paks”, embalagens mais económicas para famílias numerosas.
A inovação vai sofrer reduções de investimento. “O consumo de um produto novo declina no final do primeiro ano de vida”. (Ciclos de vida cada vez mais curtos)
Além disso, “os projectos que implicam endividamentos elevados não são aceitáveis para os accionistas”.
Por isso, em 2009, a SCC tal como em 2008, porque antecipou a conjuntura, vai focar-se no core business”: Sagres e Luso.
A redução de preço é outros dos pilares da estratégia da SCC. O mais recente projecto da empresa é a primeira água funcional do mundo sem sabor, cujo preço é menor entre 10 a 15% face aos valores médios de venda da gama Formas Luso com sabores.