Um estudo da maior empresa mundial em estudos de mercado revela que, se Portugal fosse uma marca, estava em risco de desaparecer.
A TNS Portugal, empresa líder mundial em estudos de mercado sobre o consumidor, apresentou hoje, o estudo «O Poder de Sedução de Portugal», que introduz um método de Marketing Intelligence, que permite conhecer a influência do factor «envolvimento» dos consumidores na decisão de compra, possibilitando diagnosticar e quantificar a empatia relativamente a uma marca.
Segundo Luís Simões, director geral da TNS Portugal, «o estudo visa dar a conhecer o nível de envolvimento dos Portugueses com Portugal, utilizando um modelo de monitorização de marcas, o Conversion Model, que pela primeira vez a nível mundial foi aplicado a um País. Este modelo permite a análise do grau de envolvimento dos consumidores com uma determinada marca».
O universo estudado foi constituído por indivíduos de nacionalidade portuguesa, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos, residentes em Portugal, França e Espanha, em lares com telefone fixo.
De acordo com as conclusões apenas 15% dos portugueses residentes em Portugal estão envolvidos com o País. «Os portugueses ficam em Portugal, mas não têm um vinculo forte com o país», acrescentou Luís Simões na conferência de imprensa destinada à apresentação do relatório. Já para o responsável Carlos Caldeira, «para Portugal ser mais atractivo tem de gerar mais emprego.
Entre os envolvidos, para eles a tranquilidade e o nível de segurança oferecido são os maiores atractivos de Portugal, resultando na forma descontraída de viver, sendo optimistas em relação à sua vida pessoal e à vida nacional. O perfil da pessoa envolvida é o de uma pessoa do sexo feminino, com idade entre os 45 e os 60 anos, viúvo e que vive e3m aldeias ou vilas pequenas e que n leu um único livro este ano. O estudo coloca como segunda prioridade para o nosso país manter os envolvidos.
Os resultados obtidos adiantaram ainda que a larga maioria (85%) dos Portugueses residentes no Continente não está envolvida com o país. O preço de saída, mobilidade da família e do emprego, é uma das principais barreiras à sua emigração.
Para esta população a mais valia de Portugal é a qualidade de vida em termos ambientais. E é neste ponto que o estudo diz que o país deve centrar a sua atenção, em reter os não envolvidos. Estes são na sua maioria homens, com idade até aos 34 anos, divorciados e que vivem em cidades.
MP
quarta-feira, 3 de maio de 2006
O nosso país.... :-(
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4 comentários:
Pois eu duvido da veracididade dos resultados deste estudo. Atenção, não estou a dizer que se inventaram valores, no entanto, a minha opinião é que as afirmações de muitos poderão não reflectir os seus mais verdadeiros sentimentos.
De facto, todos sabemos da tão badalada crise que o país está a passar, todos sabemos que cada vez mais a emigração se impõem como solução à fuga desta mesma (mas lembrem-se que os portugueses são por si só, um povo "nómada", veja-se a história), mas acima de tudo, todos nós sabemos que o típico portugês é o primeiro a dizer mal do seu país! Faz parte da nossa maneira se ser: o espiríto auto-crítico; a mania do que aquilo que é de fora é que é bom; a nostalgia negativa (os melhores tempos são sempre os que já ficaram para trás); a auto-lamentação, a excessiva crença no "fado"; o espirito reivindicativo pós 25 de abril - factores que me levam então ao grande ponto: Será que se as pessoas questionadas, não sendo informadas do propósito do estudo, inconscientemente falam mal do seu país ,em parte como desabafo resultante das suas dificuldades, expondo lacunas, na esperança que estas se possam tornar em mais um contributo para uma "reclamação colectiva", mas que, conscientemente, sabem que dificilmente trocavam o seu Portugalzinho por outro país, por motivos meramente económicos?
Bem, tranquilidade, segurança, qualidade de vida ambiental... humm parecem-me realmente bons argumentos para ficarmos no nosso cantinho.
Esta é a minha opinião...
De qualquer maneira recuso-me a acreditar que "...(85%) dos Portugueses residentes no Continente não está envolvida com o país"!:)
saudações cordiais para todos
Varandas, essa é a visão de um "emigrado"?
A vossa situação actual coloca-vos numa situação privilegiada para comparar o que se faz por cá e noutros locais, nomeadamente no tocante ao ensino. Seria importaate verterem aqui parte da vossa experiência.
Aquele abraço amigo.
Exigências iguais mas monstruosamente gritantes diferenças na qualidade oferecida por certos polos da UBI contribuem bastante para cimentar este tipo de opiniões! Cada vez se sente estas desigualdades mais cedo.
hehe, professor eu apenas me considero
um visitante,ou até uma espécie de "espião":)
Pois bem, a verdade é que de facto não se pode ignorar que há coisas que funcionam melhor noutros países, nomeadamente aqui em Espanha, mas também há outras que não! É tudo um jogo de prós e contras.
Específicando agora em relação ao ensino, não me parece que neste campo realmente tenhamos ficado a ganhar com esta troca. (não é graxa):)
OK, atenção, não estamos em barcelona ou em madrid, estamos em león, uma cidade pequena com uma universidade que não é das mais conceituadas, e tb só conhecemos quatro professores aqui. Portanto, a comparação é feita com base nestas circunstâncias.
Não é que não sejam exigentes com os "erasmus" pois aqui impõem-nos escrever tudo em espanhol, apresentar trabalhos em espanhol, os critérios são tal e qual os usados para os de cá (e esqueçam a universalidade do inglês). No entanto, parece-me que a organização geral dos professores e talvez ,principalmente, a sua cultura geral, fiquem aquém do nível apresentado pelos professores da ubi no curso de marketing.
Apesar de tudo, pode-se dizer que a "cultura de curso" é bastante semelhante à nossa: Há bastante proximidade entre professores e alunos, diálogos bastante abertos durante as aulas e muitos trabalhos e apresentações:)
Ao nível das instalações e materiais disponíveis bem, parece que aqui talvez se fique a ganhar. A universidade é um campus, logo,tudo se torna perto e existem bastantes espaços verdes e condições para a práctica de diferentes desportos.
Neste campo, para quem conhece, é uma universidade bastante parecida à U.Aveiro.
Ficam prometidos futuros relatórios:)
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