Já se terá sentido constrangido pelo botão “like” do Facebook. Num post em que um amigo fala sobre o falecimento de um familiar, por exemplo, nem sempre um “like” expressa de forma adequada o que sentimos. As redes sociais têm vindo a ignorar os sentimentos menos positivos dos utilizadores, limitando-se, no máximo, a oferecer um “dislike” no YouTube. Mas será suficiente?
Para Dee Kim e Bistin Chen, não. A dupla criou um plug-in para o Google Chrome chamado “I Cried” (Eu chorei). Ao clicar no botão, representado por uma lágrima, o voto fica registado e faz notar que o utilizador se emocionou com o vídeo, adianta a revista Galileu.
Este plug-in é um primeiro passo do projecto “Good Cry” . De acordo com o site da iniciativa, o seu objectivo passa por responder à questão “Quais seriam as implicações se o choro fosse incorporado no espaço digital?”
Foi esta a ideia lançada pela Coca-Cola com a colaboração da Ogilvy & Mather, ao instalar uma Hug Machine em pleno centro de Singapura. Em vez das habituais moedas, a máquina exigia abraços em troca de refrigerantes da marca.
Esta foi a máquina de venda mais acarinhada de todos os tempos. Não pelo seu tamanho ou cor, mas pelo seu pedido: abraços. Assente no conceito "Abre a Felicidade", esta ação conseguiu captar a atenção de centenas de pessoas, que em grupo ou sozinhos abraçaram a máquina por latas de Coca-Cola.
Devido ao sucesso da ação, a marca já tem em vista instalar diversas máquinas em outros países.
O anúncio da PT à Internet 4G tem sido alvo de muitas
críticas – uns adoram, outros odeiam. O vídeo tem um minuto e meio, praticamente sem texto e é acompanhado pela música Sail, dos Awolnation (que no espaço de uma
semana subiu aos primeiros lugares da tabela iTunes em Portugal).
Algumas
pessoas elogiam esta produção, chegando a caracterizá-la como hollywoodesca; outros dizem não perceber
a mensagem. Mas a crítica que tem gerado mais polémica são as semelhanças que
apresenta em relação a outros anúncios.
Comparação
nº1: o anúncio da PT foi acusado de ser uma cópia de um anúncio da Red Bull.
Semelhanças:
- A mesma música (Sail, dos Awolnation);
- Imagens em câmara lenta que intensificam o conceito de
velocidade e movimento;
- Planos com céu negro de fundo mostram silhuetas em
contraluz, chamas e uma profusão de gotas cintilantes.
O realizador do anúncio da RedBull, Scott Duncan, rejeitou a
ideia de plágio, argumentando que as diferenças entre os dois anúncios são em
maior número do que as semelhanças: “A execução, o conteúdo, o tema, o estilo
do guarda-roupa, a direcção de arte, o cenário e o assunto são muito diferentes
do anúncio da Red Bull e são únicos”.
Comparação nº 2: um anúncio da Nokia em França.
Semelhanças:
- Mais uma vez a mesma música;
- Cenário de fundo negro;
- Câmara lenta em contraste com velocidade.
O responsável pela empresa que fez o anúncio da Nokia,
Georges Mohammed-Cherif, afirma que “a cópia (da publicidade da PT) é tão óbvia
que chega a ser divertida”.
Comparação nº3: o vídeo da canção Iron, de Woodkid.
Semelhanças:
- Plano de cavalo com as patas dianteiras no ar;
- Homem de cabelo curto, tatuado;
- Cães a correr;
- Câmara lenta conjugada com imagens que reflectem
velocidade;
- Fogo (chamas do fósforo e da candeia);
- Plano pormenor da bota da rapariga que corre no vídeo de Woodkid
(minuto 2:02) e da bota de uma das raparigas que dançam na parte final do
anúncio da PT.
Inspiração “inegável, para dizer o mínimo”, escreveu o
crítico de media Eduardo Cintra Torres, numa coluna no Jornal de Negócios.
Imitação ou inspiração?
“Não me parece que quem faça um anúncio daqueles, que é uma coisa
extraordinariamente bem feita, queira correr o risco de imitar”. A avaliação é
de Carlos Coelho, especialista em criação e promoção de marcas (tem no
currículo a Vodafone, Tap, CTT e Galp Energia) e fundador da Ivity Brand.
Carlos Coelho nota “uma similitude em relação a alguns planos” no vídeo da PT e
nos da Nokia e da RedBull. Mas acrescenta que as semelhanças não significam
necessariamente uma intencionalidade de cópia. “Só quem não trabalha nestas
áreas é que não passa por essa situação. Lembro-me de coisas que criámos,
convictos de que éramos originais, e depois vimos uma coisa muito parecida”.
Já Valter Cardim, coordenador do mestrado em publicidade no IADE, em Lisboa,
usa o termo “imitação” e refere que “a música utilizada leva-nos a
identificarmo-nos ainda mais com o vídeo da Nokia”. Mas encontra referências
mais abrangentes no anúncio: “O anúncio da PT não deixa de apanhar cenas de
muitas das imagens que temos visto hoje no cinema e em filmes de televisão que
possuem efeitos especiais”, refere. “Alguns dos filmes que o cinema tem
produzido e que introduzem técnicas inovadoras são objecto de imitação em todos
os meios publicitários, gerando tendências quanto à utilização de determinados
efeitos”.
Para Cardim, “num mundo globalizado, onde a informação circula com grande
rapidez, é comum muitos criativos utilizarem os mesmos conceitos e técnicas”.
Carlos Coelho partilha esta visão e fala de um “conjunto de referências visuais
ou estéticas que acabam por ser universalizadas”. E esta, argumenta, é uma má
tendência.
A Intel vai finalmente corrigir a sua estratégia e lançar o primeiro
smartphone. O lançamento decorrerá na Índia, no próximo dia 23, pela mão da empresa móvel naquele país, Lava Internacional. Com este lançamento a gigante dos chips irá tentar
corrigir o que os analistas têm descrito como “o erro mais estratégico”
da empresa: ou seja, não ter sabido interpretar os sinais do mercado
sobre o que iria representar o negócio dos smartphones.
O sistema operativo de raiz vai ser o
Android, e a bateria tem garantia para cinco horas de navegação 3G, 45
horas de áudio e oito horas em modo de conversação.
O móvel da Intel estará disponível para
compra a partir do próximo dia 23 a um preço de venda recomendado de
22.000 rupias (323 euros), segundo informações da empresa liderada por
Paul Otellini.