Centrado num público cosmopolita, com uma vida profissional activa, que procura rapidez, conveniência e qualidade, o mercado das refeições prontas está em forte crescimento. A tendência dita o crescimento das refeições refrigeradas, que registou um crescimento de 37%, apesar do sector mais representativo continuar a ser o ultracongelado.
Como explica Marta Rufino, responsável pelo segmento da marca Nobre, “Trata-se de um sector ainda em fase de desenvolvimento, pelo que temos vindo a assistir ao crescimento desta área de linear, bem como à entrada de novas marcas e à aposta das marcas de distribuição”.
Outra das tendências é a procura de pratos étnicos elaborados, como é o caso da cozinha japonesa que, apesar do curto prazo de validade, teve entrada directa no mercado das refeições prontas, assim como nas grandes superfícies. O público cosmopolita, sofisticado, com preocupações com a alimentação e o bem-estar, é o alvo dos operadores que apostam nesta arte de cozinhar.
"A população portuguesa tem vindo a alterar os seus hábitos alimentares, acompanhando um pouco a evolução geral, principalmente no litoral, local desde sempre com um crescimento mais acelerado relativamente ao interior. A população adere às refeições prontas para não prescindir do tempo que necessita para a confecção de uma refeição desde o seu início", afirma Joana Marafão, responsável, em Portugal, pela empresa espanhola, Vicente Toural, comerciante das marcas Tutti Pasta S.A. (pastas italianas) e Mantua Surgelati Ibérica (pizzas).
A evolução a nível de rapidez e conveniência são também constantes na hora de inovar. Embora se verifique que o consumidor procura refeições equilibradas e de sabor agradável, o carácter prático e rápido destas refeições continua a ser uma das maiores preocupações.
No entanto, confirma-se que, cada vez mais, as tendências de mercado apontam para uma maior preocupação no equilíbrio nutricional das receitas. A responsável de marketing da Milaneza, Cláudia Meneses, assegura que “cada vez mais se verifica que os consumidores procuram e valorizam a rapidez mas também a qualidade e a preocupação com a saúde”.
A próspera evolução das marcas próprias reflecte-se cada vez mais no segmento das refeições prontas, que não fica indiferente à concorrência feita pelos produtos próprios das insígnias. Uma vez que “tal como em muitos outros mercados, também neste a totalidade das marcas próprias vende mais que qualquer outra marca de fabricante”, explica a responsável da Milaneza, acrescentado que “em especial neste tipo de mercado, os consumidores procuram receitas diferenciadoras, soluções de refeição rápidas e de qualidade. Estas características são mais fáceis de encontrar e de serem garantidas por uma marca fabricante”.
No entanto, é necessário ter em conta que a Distribuição Moderna é o principal canal para a comercialização deste tipo de produtos. Um total de 26% das vendas em valor são feitas em hipers, enquanto os supermercados representam cerca de 65%. Assim, uma boa relação entre os fabricantes e as insígnias torna-se crucial.
Podem ler a notícia completa aqui